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A Justiça de Alagoas bloqueou cerca de R$1,1 bilhão em contas da Braskem (BRKM5), petroquímica controlada pela Odebrecht e pela Petrobras. A decisão foi tomada em um processo movido por acionistas minoritários da companhia.
A medida é resultado de uma ação coletiva movida por investidores que alegam prejuízos causados pela Braskem, em decorrência de desastres ambientais em Maceió, como o afundamento de bairros inteiros devido à exploração de sal-gema.
A empresa já havia sido condenada em um processo anterior, em que a Justiça de Alagoas determinou que a petroquímica deveria indenizar moradores afetados pelo afundamento de solo. Agora, a nova decisão bloqueia as contas da empresa para garantir o pagamento da indenização.
A decisão da Justiça de Alagoas impactou diretamente o desempenho das ações da Braskem na Bolsa de Valores. As ações da companhia, que já vinham sofrendo com os efeitos da crise econômica, tiveram uma queda de mais de 7% após a notícia do bloqueio das contas.
Além disso, a petroquímica enfrenta ainda outros desafios, como a queda na demanda por produtos químicos e plásticos devido à pandemia de Covid-19, a desvalorização do real frente ao dólar e as dificuldades financeiras da controladora Odebrecht.
Apesar dos obstáculos, a Braskem continua buscando formas de se recuperar e se reestruturar, tendo recentemente anunciado a venda de sua unidade de polipropileno nos Estados Unidos por US$ 50 milhões, como parte de seu plano de desinvestimentos.
Ainda assim, a empresa terá que lidar com os impactos da decisão judicial e buscar formas de cumprir com suas obrigações financeiras, ao mesmo tempo em que luta para se manter competitiva em um mercado cada vez mais desafiador.
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