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Quase metade dos brasileiros com acesso à internet já foi constrangida por causa de dinheiro, aponta C6 Bank/Ipec

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Uma pesquisa encomendada pelo C6 Bank ao Ipec aponta que 47% da população brasileira com acesso à internet vivenciou nos últimos cinco anos algum tipo de constrangimento por causa de dinheiro. Entre os entrevistados que relataram ter sofrido situações como essas, pelo menos 24% dizem que os abusos aumentaram nos últimos dois anos.

A pesquisa revelou os tipos mais comuns de violência quando se trata de dinheiro e patrimônio. A situação mais recorrente é a do constrangimento por parte de familiar ou companheiro sobre quais decisões que uma pessoa deveria tomar em relação ao seu próprio dinheiro: 26% dos entrevistados disseram já ter enfrentado o problema.

O segundo tipo mais comum é quando algum familiar ou companheiro desvaloriza ou despreza a contribuição financeira de alguém para a construção do patrimônio ou sustento da família, situação que já foi enfrentada por 18% dos entrevistados. Já o impedimento de participação nas decisões de compra de produtos ou serviços é uma questão apontada por 17% dos entrevistados, sendo o terceiro tipo de abuso mais citado na pesquisa.

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Para fazer o levantamento, o Ipec apresentou aos entrevistados um total de 10 situações de constrangimento ou impedimento para usar seus recursos ou decidir sobre seu patrimônio. Para cada exemplo, os participantes responderam se haviam ou não enfrentado esse tipo de violência nos últimos cinco anos e, na sequência, se perceberam aumento ou não nos últimos dois anos. Quase metade dos entrevistados afirmou ter passado por uma das 10 situações apontadas.

A pesquisa encomendada pelo C6 Bank revelou ainda outros tipos comuns de constrangimento: quando o companheiro ou familiar impede ou desmotiva participação ou interfere em decisões sobre o patrimônio, como compra e venda de imóveis ou herança, por considerar o outro incapaz (15%); quando alguém da família, mesmo havendo condição financeira, nega dinheiro para compras relacionadas a necessidades pessoais básicas, como itens de higiene pessoal (14%); quando um familiar ou companheiro usa dinheiro ou cartão de crédito para fazer uma compra sem o consentimento do titular (13%).

Uma das ferramentas para o enfrentamento desses abusos é a educação financeira. Para Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank, é importante que as conversas sobre finanças pessoais comecem cedo nos relacionamentos e que envolvam todas as pessoas na família. “O assunto dinheiro não pode ser tabu”, diz ele. 

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Mesmo as crianças devem participar da discussão sobre o uso do dinheiro. “É preciso disseminar o conhecimento sobre educação financeira entre as crianças para que se tornem adultos conscientes sobre seus direitos e confiantes em relação à capacidade de gerenciar o próprio dinheiro.”

A pesquisa do C6 Bank/Ipec foi realizada entre os dias 7 e 16 de fevereiro, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Foram entrevistadas 2 mil pessoas das classes ABC, com acesso à internet e maiores de 16 anos.


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