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A Petrobras (PETR4) tem apresentado um desempenho surpreendente na bolsa de valores em 2023, com uma alta significativa de 44,1% até o dia 16 de junho. Enquanto isso, o índice Ibovespa registra um avanço de 8,2% no mesmo período. É interessante notar que, em contrapartida, o preço do barril de petróleo Brent, que é uma referência para a Petrobras, teve uma queda de 6,8% neste ano.
Mas o que tem impulsionado essa alta nas ações da Petrobras? Por que elas estão se descolando do preço do petróleo no mercado internacional? Durante as eleições do ano passado, as ações da estatal sofreram bastante devido aos riscos de intervenções e mudanças bruscas na estratégia da empresa. O mercado passou a considerar esses riscos, colocando-os no preço das ações, mesmo diante dos bons resultados trimestrais que a Petrobras vinha apresentando.
A alta da Petrobras
Neste ano, apesar de algumas sinalizações negativas do novo governo, os papéis da petroleira começaram a se recuperar e voltaram a refletir os resultados trimestrais positivos. Outro fator que pode explicar a recente valorização é a distribuição de dividendos. A Petrobras distribuiu mais de 50% do seu valor de mercado apenas em dividendos desde o ano passado.
A mais recente análise da Nord Reseach aponta fatores importantes que impactam as ações da Petrobras, como a cotação do petróleo, que segue em tendência de queda em 2023. A empresa tem reduzido os preços da gasolina em resposta à queda nos preços do petróleo e de seus derivados, buscando manter margens saudáveis no refino. Além disso, a queda do dólar tem contribuído para as margens da estatal.
Mesmo com a queda do petróleo, os dividendos da Petrobras podem continuar sendo atrativos. Com um dividend yield de 16%, a Petrobras é a maior pagadora de dividendos em comparação com as grandes petroleiras mundiais, que possuem um dividend yield médio de 6,5%.
No entanto, é importante considerar os riscos associados a uma empresa estatal, assim como a dependência da Petrobras em relação à commodity. Embora a empresa esteja negociando com múltiplos atrativos, como 1,7x Ebitda e 2,1x lucro, os riscos inerentes a uma estatal e sua dependência no preço do petróleo afetam a visibilidade dos resultados. Nesse sentido, a Nord Research recomenda a troca das ações da Petrobras por ações de empresas “junior oils” como Prio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e Petroreconcavo (RECV3), que possuem um perfil de crescimento na produção e reduzem os impactos da volatilidade da commodity em seus resultados.
Qual o preço-alvo?
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