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Curva do DI aponta para queda dos juros futuros devido às pressões do mercado e do governo por um corte na taxa Selic.
Os juros futuros apresentaram uma tendência de queda, principalmente no final do pregão, refletindo a esperança de que o Comitê de Política Monetária (Copom) ceda às pressões do mercado e do governo e adote uma postura mais flexível na ata, que será divulgada amanhã.
Segundo informações apuradas pela Bloomberg, o presidente do Banco Central, Campos Neto, teria buscado a equipe econômica na semana passada para informar que a porta para um corte da taxa Selic em agosto ainda não estava fechada.
Os argumentos favoráveis a uma redução rápida dos juros devem ser reforçados pelos dados do IPCA-15 de junho, que indicam uma desaceleração da inflação. As projeções para o IPCA deste ano e do próximo também foram revisadas para baixo.
Apesar do comunicado conservador do Copom, o mercado continua apostando em uma Selic de 12,25% no final de 2023.
Mercado projeta possível corte na taxa Selic após queda nos juros futuros
Os juros futuros apresentaram uma queda significativa, especialmente no fechamento do pregão, refletindo a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) se renda às pressões vindas tanto do mercado quanto do governo e adote uma postura mais suave em relação à taxa básica de juros, a Selic.
A curva do DI, que representa as expectativas para os juros futuros, assumiu um viés de queda, com os investidores esperando que o comunicado divulgado pelo Copom na ata seja mais flexível.
De acordo com informações obtidas pela Bloomberg, o presidente do Banco Central, Campos Neto, teria procurado a equipe econômica na semana passada para transmitir a mensagem de que o BC ainda não descartou a possibilidade de um corte na Selic em agosto. Essa notícia de bastidor fortaleceu a especulação sobre uma mudança na política monetária.
Além disso, as expectativas em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho também contribuem para a tendência de queda nos juros futuros.
Espera-se que a prévia da inflação oficial desacelere de 0,51% em maio para 0,03%, com algumas projeções apontando para uma deflação de 0,11%. Esses números reforçam os argumentos a favor de um corte rápido da taxa Selic.
As projeções para o IPCA deste ano e do próximo também foram revisadas marginalmente para baixo. Segundo o Broadcast, as estimativas passaram de 5,12% para 5,06% em relação a 2023 e de 4,00% para 3,98% em relação a 2024. No entanto, mesmo após o comunicado conservador do Copom, o mercado ainda aposta em uma Selic de 12,25% no final de 2023.
No encerramento do pregão, os contratos de juros para janeiro de 2024 estavam próximos do ajuste da sexta-feira anterior, registrando 13,015%. O contrato para janeiro de 2025 caiu para 11,000% (de 11,025%), enquanto os contratos para janeiro de 2026, 2027, 2029 e 2031 também tiveram redução, atingindo 10,350%, 10,330%, 10,610% e 10,790%, respectivamente.
Esses movimentos nos juros futuros refletem a expectativa do mercado financeiro em relação à condução da política monetária pelo Banco Central, destacando a possibilidade de um corte da Selic nos próximos meses.
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