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Dólar avança com receio de estímulo governamental para carros zero km, enquanto Powell e BCE sinalizam juros mais altos.
O dólar à vista registrou um novo avanço em relação ao real, impulsionado pelo fortalecimento da moeda no exterior e pelas declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed).
Durante um evento em Portugal com outros presidentes de bancos centrais, Powell mencionou a possibilidade de aumento dos juros em reuniões consecutivas.
Ele ressaltou que o trabalho do Fed para levar a inflação à meta ainda está longe de ser concluído e não prevê um retorno do núcleo da inflação a 2% neste ano ou no próximo. Christine Lagarde e Andrew Bailey também indicaram taxas de juros mais altas na Europa para controlar a inflação, alimentando temores de uma recessão global.
No cenário doméstico, investidores ficaram preocupados com a notícia de que o governo ampliará o programa de subsídios à compra de carros zero km em R$ 300 milhões, sem esclarecer a origem dos recursos, o que gerou preocupações fiscais.
O avanço do dólar também foi impulsionado pela disputa pela ptax de junho e pelas remessas de empresas para o exterior no fim do semestre. O Banco Central informou que o fluxo cambial foi positivo na semana passada, com destaque para a conta financeira.
O dólar fechou em alta de 1,02%, cotado a R$ 4,8478. O dólar futuro para junho também apresentou valorização. No cenário internacional, o DXY subiu, enquanto o euro e a libra esterlina tiveram desvalorização em relação ao dólar.
Preocupações com estímulo para carros zero km e declarações de Powell impulsionam avanço do dólar no Brasil
O dólar à vista voltou a registrar avanço em relação ao real nesta quarta-feira, impulsionado pelo fortalecimento da moeda no exterior e pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Durante um evento em Portugal com outros presidentes de bancos centrais, Powell declarou que o Fed não descarta a possibilidade de aumentar os juros em reuniões consecutivas. Suas declarações deixaram claro que o trabalho do Fed para levar a inflação à meta está longe de ser concluído, e ele não prevê um retorno do núcleo da inflação a 2% neste ano ou no próximo.
As declarações de Powell foram acompanhadas por Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), e Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, que também sinalizaram uma postura de juros altos na Europa para controlar a inflação. Essas declarações reforçaram os temores de uma recessão global, alimentando a cautela dos investidores.
No cenário doméstico, os investidores também ficaram preocupados com a notícia de que o governo ampliará o programa de subsídios à compra de carros zero km em R$ 300 milhões. No entanto, ainda não está claro de onde virá o dinheiro, o que gerou preocupações fiscais. Essa incerteza acendeu um alerta em relação ao risco fiscal do país, contribuindo para o avanço do dólar.
Além disso, a queda no lucro industrial na China pelo terceiro mês consecutivo e a disputa pela ptax de junho e remessas de empresas para o exterior no fim do semestre também influenciaram o movimento da moeda. O Banco Central informou que o fluxo cambial total foi positivo na semana passada, destacando-se a entrada de US$ 2,048 bilhões na conta financeira.
Diante desse cenário, o dólar à vista fechou o dia em alta de 1,02%, cotado a R$ 4,8478, após oscilar entre R$ 4,8132 e R$ 4,8716. O dólar futuro para junho também apresentou valorização, subindo 0,76%, para R$ 4,8520. No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, subiu 0,46%, enquanto o euro e a libra esterlina tiveram desvalorização em relação ao dólar.
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