Petrobras lidera quedas do Ibovespa no último pregão de Junho

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As bolsas de valores em Nova York encerraram o mês em alta, impulsionadas pelas esperanças renovadas de que o Federal Reserve (Fed) possa encerrar em breve o ciclo de aperto monetário. O índice Dow Jones subiu 0,84%, atingindo 34.407,60 pontos, enquanto o S&P500 ganhou 1,23%, chegando a 4.450,38 pontos. O Nasdaq avançou 1,45%, atingindo 13.787,92 pontos. Durante a semana, os índices apresentaram altas de 2,01%, 2,35% e 2,19%, respectivamente. No acumulado de junho, os ganhos foram de 4,56%, 6,47% e 6,59%, enquanto no primeiro semestre os índices também apresentaram avanço: 3,80%, 15,91% e 31,73%, respectivamente. O Nasdaq teve o melhor desempenho no primeiro semestre desde 1983.

Os retornos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) não apresentaram uma direção única. O rendimento do T-bond de 30 anos caiu para 3,8532%, enquanto o da T-note de 2 anos subiu para 4,8704%. O rendimento da T-note de 5 anos caiu para 4,1293%, e o da T-note de 10 anos recuou para 3,8200%.

No Brasil, o Ibovespa não conseguiu manter o movimento de alta, devido ao desempenho negativo das ações da Petrobras e Vale, e fechou com queda de 0,25%, atingindo 118.087,00 pontos, na mínima do dia. Durante a semana, o índice acumulou uma baixa de 0,75%, mas apresentou um ganho de 9,00% no mês de junho e 7,61% no primeiro semestre. O volume financeiro da sessão alcançou R$ 32,7 bilhões, valor superior à média diária de maio, que foi de R$ 27,101 bilhões.

O otimismo gerado pelo desempenho favorável em Nova York, impulsionado pelos sinais de desaceleração da inflação nos EUA, reforçou as expectativas de que o Fed possa interromper o ciclo de aperto monetário em breve. No entanto, o desempenho negativo das ações da Petrobras e Vale limitou os ganhos do mercado brasileiro. O Ibovespa, apesar da queda diária, registrou um sólido crescimento tanto em junho quanto no primeiro semestre de 2023.

As ações da Petrobras intensificaram as perdas logo após a estatal divulgar uma redução no preço do gás de cozinha. A partir de agora, o valor será reduzido em R$ 0,10 por quilo, o que representa uma queda de 3,9%. Com essa alteração, o preço do gás de cozinha passa de R$ 2,5326 para R$ 2,4356 por quilo.

Essa redução tem como objetivo compensar a reoneração dos impostos federais que incidem sobre o gás de cozinha. No entanto, os investidores reagiram negativamente a essa notícia, refletindo preocupações sobre os possíveis impactos financeiros dessa redução nos resultados da Petrobras.

Há pouco, as ações da Petrobras ON (PETR3) apresentavam uma queda de 3,18%, cotadas a R$ 33,78, enquanto as ações da Petrobras PN (PETR4) cediam 3,71%, cotadas a R$ 29,88.

As ações lideram as quedas do Ibovespa, ao lado de Braskem. Ações de varejo como Renner e Magazine Luiza fecham a lista dos piores desempenho do índice nesta 6ªF.

Essa redução no preço do gás de cozinha é uma estratégia adotada pela Petrobras para lidar com a reoneração dos impostos e atender às demandas dos consumidores. No entanto, os investidores estão atentos aos possíveis impactos financeiros dessa medida e como isso pode afetar os resultados da empresa.

A Petrobras continua a enfrentar desafios no mercado de combustíveis, buscando equilibrar suas margens de lucro em meio às flutuações de preços e às políticas governamentais. Os investidores acompanham de perto as ações da empresa e avaliam os desdobramentos dessa redução no preço do gás de cozinha, juntamente com a redução da gasolina para as refinarias, analisando os possíveis impactos nos resultados financeiros e nas perspectivas futuras da Petrobras.

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