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Bolsas de NY recuam por preocupações em bancos; Ibovespa ganha impulso com expectativas positivas para votação do arcabouço fiscal na Câmara.
Enquanto bolsas de NY enfrentam queda devido a rebaixamento de ratings de bancos e preocupações com consumidores, Ibovespa sobe 1,51% impulsionado pela confirmação da votação do arcabouço fiscal. Dow recua 0,51%, S&P500 cai 0,28%, e Nasdaq mantém estabilidade, alta de 0,06%.
Macy’s afunda 14% por aumento da inadimplência. Mercado aguarda balanço da Nvidia e discurso de Jerome Powell em Jackson Hole. Retornos dos Treasuries apresentam oscilações, enquanto Ibovespa fecha a 116.156,01 pontos com otimismo fiscal.
NY enfrenta quedas devido a bancos e inadimplência; Ibovespa ganha terreno com votação do arcabouço fiscal
As bolsas de Nova York encerraram a sessão com queda, pressionadas pelo rebaixamento dos ratings de bancos regionais dos Estados Unidos pela S&P, após a Moody’s também tomar ação semelhante nos últimos dias. A notícia impactou negativamente as ações do setor, com nomes como JPMorgan, Wells Fargo e Bank of America registrando quedas superiores a 2%. Além disso, a gigante do varejo Macy’s Inc. enfrentou uma queda de 14% devido ao aumento da inadimplência em cartões de crédito, gerando preocupações sobre a saúde financeira do consumidor americano.
Enquanto isso, o mercado aguarda com expectativa o balanço da Nvidia e o discurso de Jerome Powell programado para ocorrer em Jackson Hole na sexta-feira. O Nasdaq, que registrou um aumento considerável recentemente devido à Nvidia, manteve-se estável, com uma pequena alta de 0,06% e fechou em cerca de 13.505,87 pontos.
No entanto, o Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, teve um dia positivo. O índice obteve um aumento de 1,51% ao longo do dia, reforçado pela confirmação de que o arcabouço fiscal seria votado na Câmara dos Deputados. O Ibovespa encerrou em 116.156,01 pontos, refletindo a esperança dos investidores em relação às perspectivas econômicas do país.
Enquanto as bolsas de Nova York enfrentaram um dia de perdas, o otimismo em relação ao cenário fiscal impulsionou o mercado brasileiro, embora o volume financeiro tenha se mantido relativamente baixo, atingindo R$ 20,5 bilhões ao final do dia.
Investidores aguardam com cautela discurso de Jerome Powell enquanto dólar registra queda com progresso fiscal e ajustes nos Treasuries.
Já o dólar manteve sua trajetória descendente em relação ao real durante esta terça-feira, impulsionado pela melhora no cenário fiscal e pela correção observada nos juros dos Treasuries. As declarações otimistas dos líderes da Câmara, que confirmaram a votação iminente do arcabouço fiscal, aliviaram as preocupações do mercado. Cláudio Cajado, relator do texto, trouxe um sentimento de segurança ao mercado, que aguarda ansiosamente por um desfecho na saga da regra fiscal, a qual está diretamente ligada ao Orçamento de 2024 e à previsibilidade no panorama da dívida federal.
Desde o início deste mês, o mercado estava em compasso de espera por tais desenvolvimentos, o que influenciou a tendência de baixa do dólar em território brasileiro. Pela manhã, a moeda já apresentava uma queda, influenciada pelo alívio pontual nos juros dos Treasuries e pela substancial valorização do minério de ferro na China.
Entretanto, apesar das melhorias percebidas, o clima nos mercados internacionais permanece cauteloso. Os investidores aguardam os pronunciamentos que serão feitos por Jerome Powell na conferência em Jackson Hole, programada para a próxima sexta-feira. Thomas Barkin, presidente do Fed de Richmond, alertou sobre a importância de alcançar a meta de inflação de 2% nos Estados Unidos, salientando que isso é fundamental para a credibilidade da instituição.
O dólar à vista encerrou o dia com uma desvalorização de 0,76%, cotado a R$ 4,9407, após flutuar entre R$ 4,9265 e R$ 4,9653. No mercado futuro, o dólar para setembro registrava uma queda de 0,90%, cotado a R$ 4,9490 às 17h03. No cenário global, o índice DXY apresentava um avanço de 0,30%, alcançando 103,612 pontos, enquanto o euro sofria uma retração de 0,46%, chegando a US$ 1,0845. A libra esterlina também perdia 0,21%, sendo negociada a US$ 1,2730.
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