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Estresse pode alterar potencial criativo do indivíduo

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Estudos mostram que esse estado emocional pode ser tanto um combustível quanto um obstáculo para a capacidade de criar

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Foto: wayhomestudio/Freepik

Em um cenário cada vez mais acelerado e demandante, a relação entre estresse e criatividade ganha destaque em estudos das áreas de psicologia e neurociência. As pesquisas mostram que existem nuances importantes sobre como o estresse pode influenciar o potencial criativo individual. Ou seja, níveis diferentes desse estado emocional podem beneficiar ou prejudicar a capacidade de criação. 

Quando controlado, o estresse pode agir como um catalisador para a criatividade. Ele pode despertar a motivação e ampliar a performance mental, funcionando como um estímulo positivo e acionando uma série de reações neurológicas que impulsionam a criatividade.

Esse fenômeno, popularmente conhecido como “estado de fluxo”, é caracterizado pelo completo envolvimento em uma tarefa, em que a mente opera em sua capacidade máxima. Os estudos mostram, contudo, que esse benefício criativo é sensível a limites e prazos. Quando o estresse se torna crônico ou atinge intensidades extremas, seu efeito sobre a criatividade é consideravelmente negativo.

Gerenciar de forma eficaz os recursos à disposição, incluindo o tempo, o ambiente, as habilidades e as ferramentas, desempenha um papel fundamental na promoção da criatividade. Enquanto o estresse e a desorganização em altos níveis podem se configurar como obstáculos à expressão criativa de um indivíduo, o uso estratégico de recursos como o mapa mental pode ser uma abordagem eficaz para estimular processos criativos.

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Um mapa mental bem estruturado oferece uma representação visual das conexões e ideias, permitindo que o criador explore conceitos de maneira não linear, facilitando a geração de insights e a conexão entre informações aparentemente distantes. Dessa forma, a capacidade de gerenciar esses recursos não apenas remove barreiras à criatividade, mas também cria um ambiente propício para o florescimento de novas ideias.

Substâncias do estresse e suas repercussões gerais

De acordo com a American Psychological Association (APA), o cortisol é identificado como o principal hormônio associado ao estresse. Sua função primordial é elevar os níveis de glicose na corrente sanguínea para aprimorar as atividades de reparo cerebral e muscular.

Além dessa utilidade, essa substância desempenha um papel de otimização ao direcionar os recursos corporais para funções essenciais, enquanto diminui a atividade de sistemas não críticos, como os reprodutores e digestivos.

Por outro lado, a adrenalina, um dos outros principais hormônios envolvidos no estresse, simplifica a utilização dos níveis aumentados de glicose no sangue, que são disponibilizados pelo cortisol nos músculos. A colaboração entre esses dois hormônios desempenha um papel vital em situações de elevada tensão.

É importante, todavia, reconhecer que a ativação frequente dos hormônios do estresse pode resultar em consequências prejudiciais para o bem-estar geral. Dominar a gestão de diversos tipos de estresse, independentemente de ser o resultado de desafios emocionais, profissionais ou cotidianos, desempenha um papel crucial na preservação do bem-estar e, consequentemente, da criatividade.

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Tipos de estresse e sua relação com o processo criativo 

O estresse assume diferentes formas e cada uma desempenha um papel na capacidade de gerar ideias inovadoras, especialmente no cenário profissional. Algumas pesquisas focam em três tipos específicos de estresse, observando como eles afetam a criatividade.

Desde a alternância de tarefas até o peso dos prazos e a relevância dos objetivos, é válido destacar que cada aspecto traz implicações únicas para o pensamento criativo. Por meio da análise desses estudos e das opiniões de especialistas, é possível perceber de qual maneira o estresse pode ser tanto um combustível quanto um obstáculo para a capacidade de criar.

Alternância de tarefas estimula a criatividade

Um estudo conduzido pela Columbia Business School lançou luz sobre a influência da “alternância de tarefas” na criatividade. A pesquisa propôs diferentes estilos de trabalho aos participantes, desafiando-os a realizar um brainstorming criativo para vários projetos.

Os resultados mostraram que o grupo que se dedicou a alternar constantemente entre tarefas apresentou níveis mais elevados de originalidade. Os autores do estudo, em um artigo na Harvard Business Review, enfatizam que essa prática evita bloqueios mentais e promove uma visão renovada sobre cada desafio. A troca frequente de perspectiva, portanto, emerge como um método eficaz para estimular a criatividade, uma ferramenta valiosa em busca de soluções inovadoras.

“Estresse significativo” e sua relação com a produção de ideias

Outra pesquisa, esta conduzida por psicólogos chineses, examinou a conexão entre estresse e criatividade e também revelou achados importantes. Mais de 280 profissionais foram analisados, demonstrando que o estresse percebido como construtivo e desafiador para metas profissionais estava correlacionado à maior produção de ideias criativas.

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Em contraste, quando o estresse era visto como uma barreira para essas metas, a criatividade diminuía. A professora Teresa Amabile, da Harvard Business School, expande essa ideia em seu livro “O Princípio do Progresso”.

Ela destaca que o estresse ligado a objetivos altamente significativos estimula a criatividade, aumentando a autoeficácia positiva e motivando a busca por soluções inovadoras. Portanto, a percepção de estresse como um desafio construtivo parece estar ligada a um maior potencial criativo e realização profissional.

Desafio dos prazos para melhor solucionar questões

O desafio do tempo, que costuma ser um motivo de estresse comum no trabalho, pode ter diferentes impactos na criatividade, conforme outro levantamento de Teresa Amabile. A pesquisadora estudou equipes criativas de sete empresas e três setores, encontrando um equilíbrio importante. 

Prazos apertados, embora estimulantes, podem limitar a criatividade, assim como prazos excessivamente folgados. A descoberta central foi que prazos moderados impulsionaram as melhores ideias. Ambientes sensíveis ao tempo focaram a mente, minimizando distrações e gerando inovação. Amabile enfatiza que ter prazos reais e um ambiente concentrado aumenta a probabilidade de criatividade nas empresas.


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Diego Dias

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