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Dólar registra alta modesta frente ao real, apesar da meta de déficit zero de Haddad; preocupações fiscais e contexto externo influenciam.
O mercado financeiro observou uma leve alta do dólar frente ao real, mesmo após a decisão do ministro Fernando Haddad de manter a meta de déficit zero para 2024. Apesar do anúncio do relator da LDO, Danilo Forte, a incerteza fiscal ainda paira, com expectativas de novas decisões no início do próximo ano.
O governo, relutante em cortar gastos, depende do Congresso para novas fontes de receita. Internacionalmente, o dólar apresentou uma tendência de queda, influenciado por indicadores econômicos fracos nos EUA e pela aprovação de um orçamento temporário, evitando um “shutdown” governamental.
Incerteza fiscal doméstica e cenário externo mantêm dólar em alta leve
O dólar americano registrou uma modesta valorização frente ao real brasileiro, fechando com alta de 0,17%, cotado a R$ 4,8701. Esse movimento ocorreu apesar da recente vitória do ministro Fernando Haddad na manutenção da meta de déficit zero para 2024.
A afirmação de Danilo Forte, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sobre a decisão do governo não foi suficiente para dissipar as preocupações com o risco fiscal do Brasil. Especialistas apontam que o desafio fiscal foi apenas postergado para o início do próximo ano.
O governo brasileiro, demonstrando hesitação em reduzir despesas, coloca sua esperança na aprovação de novas fontes de receita pelo Congresso para o ano seguinte. Essa situação de incerteza mantém os investidores cautelosos, refletindo-se na valorização da moeda americana.
No cenário internacional, o dólar mostrou uma tendência de baixa, influenciado por dados econômicos menos animadores vindos dos Estados Unidos, incluindo o mercado de trabalho e a produção industrial. Além disso, a aprovação de um orçamento temporário pelo Congresso americano, que evitou um possível “shutdown” do governo federal, também jogou um papel crucial nos mercados globais.
Nesse contexto, o índice DXY, que compara o dólar com outras moedas importantes, teve uma queda leve. Paralelamente, o euro e a libra esterlina mostraram variações modestas em relação ao dólar, refletindo um ambiente de cautela e expectativa no mercado cambial internacional.
O dólar à vista fechou em alta de 0,17%, a R$ 4,8701, após oscilar entre R$ 4,8370 e R$ 4,8867. Às 17h09, o dólar futuro para dezembro subia 0,07%, a R$ 4,8765. Lá fora, o índice DXY caía 0,04%, para 104,349 pontos. O euro tinha alta de 0,07%, a US$ 1,0854. E a libra operava estável (-0,01%), a US$ 1,2416.
Ibovespa avança fortemente; mercados de NY reagem a indicadores econômicos e Fed
Em uma quinta-feira de contrastes nos mercados financeiros globais, o Ibovespa destacou-se positivamente, superando a marca dos 124 mil pontos. Este nível não era alcançado desde 29 de julho de 2021, quando o índice atingiu 125.675,33 pontos.
Fechando com um ganho de 1,20%, o Ibovespa refletiu um retorno robusto do mercado doméstico brasileiro após o feriado, com investidores mostrando um apetite por risco significativo. O volume financeiro da sessão foi ampliado pelo exercício de opções sobre o Ibovespa, alcançando R$ 53,1 bilhões.
Em Nova York, a situação foi mais contida. As bolsas encerraram a sessão perto da estabilidade, influenciadas por declarações dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) e por indicadores menos otimistas da economia americana, incluindo dados do mercado de trabalho e da produção industrial.
O Dow Jones registrou uma leve queda de 0,13%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq apresentaram pequenas altas de 0,12% e 0,07%, respectivamente. Os rendimentos dos Treasuries, que são títulos do governo dos EUA, também recuaram, com o juro do T-bond de 30 anos e da T-note de 10 anos apresentando quedas notáveis.
Essa divergência entre o mercado brasileiro e os mercados dos EUA ilustra as diferentes dinâmicas e reações dos investidores aos cenários econômicos e políticos locais e globais, bem como às expectativas em relação às políticas monetárias.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,13%, aos 34.945,47 pontos. O S&P500 subiu 0,12%, aos 4.508,24 pontos. O Nasdaq ganhou 0,07%, aos 14.113,67 pontos. O Ibovespa fechou em alta de 1,20%, aos 124.639,24 pontos, no maior nível desde 29 de julho de 2021 (125.675,33).
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