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Presidente argentino afirma que dolarização é etapa final em longo processo, não prevista para este ano, priorizando reformas econômicas.
O presidente argentino, Javier Milei, declara que a dolarização da economia é o último passo em um processo extenso, não previsto para este ano. Ele enfatiza a necessidade de limpar o balanço do banco central e reformar o sistema financeiro antes de considerar a livre competição de moedas. Após conquistar uma vitória legislativa com o aval para seu pacote de reformas, Milei concentra esforços em agendas econômicas prioritárias. A dolarização, ponto central de sua campanha, fica em segundo plano. Apesar disso, ele planeja discutir o assunto com autoridades do Equador, que já adotaram a medida.
Presidente argentino posiciona dolarização como fase tardia em meio a reformas econômicas prioritárias
O presidente argentino, Javier Milei, reiterou em uma entrevista recente ao site local Cenital que a dolarização da economia não é uma prioridade de curto prazo para o país. Ele enfatizou que esse movimento é parte de um processo mais amplo, que inclui a limpeza do balanço do banco central e reformas estruturais no sistema financeiro, antes de considerar a livre competição de moedas.
Apesar de ter sido um ponto central em sua campanha presidencial, a dolarização foi temporariamente relegada a segundo plano após a vitória de Milei. O foco atual do governo está em conduzir um amplo pacote de reformas econômicas através do congresso argentino, como destacado pela recente aprovação legislativa.
Milei também mencionou que a dolarização não foi discutida nas últimas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o programa de crédito de US$ 44 bilhões para a Argentina. No entanto, ele expressou interesse em se reunir com autoridades do Equador, país que já adotou a dolarização, após sua viagem atual a Israel e Itália.
Com previsões otimistas de que o balanço do banco central poderia ser limpo até o final de junho e a reforma do sistema financeiro concluída em um ano, Milei mantém a perspectiva de que a dolarização será abordada em fases posteriores, após as reformas estruturais necessárias.
Milei cumpre maioria de suas promessas em apenas 2 meses
Em menos de dois meses desde o início de seu governo, o presidente argentino Javier Milei já conquistou uma série de realizações notáveis e uma significativa aprovação popular. Uma pesquisa realizada pela consultoria Opinaia, a pedido do jornal Clarín, revelou que 58% da população argentina aprova a administração de Milei, tornando-o o líder de aprovação entre 15 políticos avaliados no país.
Milei cumpriu diversas das principais promessas de sua campanha eleitoral em um curto espaço de tempo. Isso inclui a eliminação de 12 dos 21 cargos de gabinete do presidente, a redução de ministérios de 18 para 9 e de secretarias de 106 para 54. Além disso, cerca de 5.000 funcionários públicos foram demitidos, e mais de 380 mil regulamentações governamentais foram encerradas. O governo também suspendeu contratos de publicidade governamental por um ano e congelou novas licitações de obras públicas, cancelando projetos que ainda não haviam começado.
Outras medidas notáveis incluem a substituição do sistema de importação para um que não exige informações de licença prévia, a proibição da linguagem neutra nas forças armadas e propostas de lei para afirmar o direito à legítima defesa, legalizar o ensino doméstico de crianças e punir organizadores de motins civis.
Além disso, o governo de Milei anunciou cortes na assistência social para aqueles que bloqueiam estradas, a legalização de pagamento em bitcoin, a privatização de empresas estatais e a abertura da indústria petrolífera argentina para investidores, além de sua decisão de retirar a Argentina do BRICS.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também elogiou as medidas tomadas pelo governo Milei para enfrentar a crise econômica da Argentina. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, destacou a importância das medidas decisivas anunciadas pelo presidente Milei para restaurar a estabilidade econômica do país e proteger os mais vulneráveis da sociedade.
O presidente Milei e sua equipe econômica estão focados em promover reformas profundas e reduzir o tamanho do Estado, buscando evitar uma catástrofe econômica e impulsionar o crescimento do país. Suas ações até agora têm recebido apoio tanto da população argentina quanto de instituições internacionais.
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