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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou em baixa nesta sexta-feira após uma série de seis sessões consecutivas de ganhos. A correção negativa foi influenciada pela falta de força das ações da Petrobras e dos bancos, que pressionaram o mercado.
O índice fechou o dia com uma queda de 0,63%, atingindo os 129.418,73 pontos. Apesar disso, na semana, o Ibovespa ainda acumulou um ganho de 0,54%. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,6 bilhões, um pouco abaixo da média diária registrada em janeiro, que foi de R$ 22,489 bilhões.
Mesmo com o balanço positivo do quarto trimestre, as ações da Vale (VALE3) não conseguiram impulsionar o mercado, visto que desaceleraram seu ritmo de alta e fecharam com um modesto aumento de 0,24%, cotadas a R$ 67,38. Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) registraram quedas de 0,27% e 0,69%, respectivamente, pressionadas pelos preços do petróleo.
Entre os bancos, todas as principais ações apresentaram perdas, com destaque para SANB11 (-1,35%), BBDC4 (-1,29%), BBAS3 (-1,24%) e BBDC3 (-0,16%). A exceção foi ITUB4, que fechou em leve alta de 0,29%.
No entanto, o destaque do dia foi a EZTec (EZTC3), que teve uma valorização expressiva de 4,06%, liderando os ganhos do índice. A empresa foi seguida por MGLU3 (+1,90%) e CSNA3 (+1,60%). Por outro lado, no lado negativo, as varejistas foram as mais afetadas, com destaque para BHIA3 (-6,93%) e PCAR3 (-5,03%).
Um outro destaque negativo foi a queda de RAIZ4, com -4,16%.
Investidores reagem a incertezas fiscais e cautela do Fed, impactando mercado cambial e de ações
O dólar teve uma reviravolta no encerramento da semana, revertendo os ganhos acumulados. A moeda norte-americana fechou em alta em relação ao real, refletindo a preocupação dos investidores com a situação fiscal do país e a postura cautelosa do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.
Investidores, de olho nos desenvolvimentos fiscais e nas políticas monetárias, optaram por adotar uma postura mais defensiva no mercado cambial. Além disso, realizaram lucros na bolsa brasileira, que vinha apresentando seis dias consecutivos de ganhos.
As declarações recentes dos membros do Fed, enfatizando a ausência de pressa para iniciar os cortes de juros e a necessidade de mais confiança na sustentabilidade da queda da inflação, também influenciaram o cenário.
No âmbito doméstico, os investidores reagiram ao aumento do risco fiscal. Isso ocorreu após o governo ceder à pressão do Congresso e assegurar o pagamento de R$ 14,5 bilhões em emendas antes das eleições municipais.
No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou alta de 0,81%, atingindo R$ 4,9930, após oscilar entre R$ 4,9600 e R$ 4,9976 ao longo do dia. Na semana, a moeda acumulou um aumento de 0,52%. Enquanto isso, o dólar futuro para março apresentava uma valorização de 0,61%, cotado a R$ 4,9945 às 17h06.
No mercado internacional, o índice DXY operava em torno da estabilidade, com uma variação de -0,02%, atingindo 103,934 pontos. O euro registrava um leve aumento de 0,01%, sendo cotado a US$ 1,0824, enquanto a libra apresentava um acréscimo de 0,12%, chegando a US$ 126,74.
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