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Dólar fecha em leve baixa enquanto investidores esperam por estímulos chineses, discursos de Powell e dados do payroll, com alívio fiscal no radar.
O dólar encerrou em leve baixa nesta segunda-feira, com os investidores mantendo uma postura cautelosa devido à agenda carregada da semana. O mercado está à espera de anúncios de estímulos por parte do governo chinês durante as reuniões plenárias que terão início amanhã e se estenderão até o dia 10.
Além disso, os discursos do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso americano, marcados para amanhã e quarta-feira, estão no radar dos investidores, assim como os números do payroll que serão divulgados na sexta-feira.
No cenário nacional, as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, contribuíram para o viés de baixa da moeda. Campos Neto afirmou durante uma palestra na Associação Comercial de São Paulo que, dada a expectativa pessimista do mercado em relação ao resultado fiscal de 2024, existe a possibilidade de o número ser melhor do que o esperado. Ele ressaltou que o governo tem condições de apresentar um déficit fiscal menor do que a projeção atual do mercado, que está entre 0,7% e 0,8% do PIB.
No encerramento do pregão, o dólar à vista fechou com queda de 0,16%, cotado a R$ 4,9474, após oscilar entre R$ 4,9407 e R$ 4,9589 ao longo do dia. Enquanto isso, o dólar futuro para abril registrava uma queda de 0,16%, cotado a R$ 4,9590 às 17h01. No cenário internacional, o índice DXY operava próximo à estabilidade, com uma variação de -0,03%, alcançando 103,832 pontos. O euro apresentou uma alta de 0,17%, sendo cotado a US$ 1,0857, enquanto a libra esterlina registrou um ganho de 0,32%, alcançando US$ 1,2692.
Hoje, as taxas dos DIs permaneceram estáveis dentro de estreitos intervalos, fechando com leve queda, apesar do avanço dos Treasuries. Com uma agenda fraca e baixa liquidez, o mercado aguarda eventos-chave da semana, incluindo discursos de Powell e o payroll. Em palestra na ACSP, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, expressou otimismo em relação ao fiscal para 2024, mencionando a queda da inflação no Brasil, mas alertando sobre serviços acima dos níveis pré-pandemia. Economistas, em reuniões fechadas com o BC, expressaram preocupação com a inflação de serviços e projetaram a Selic terminal em 10%. Todos concordaram com o 1º corte do Fed em junho. Ao fechamento, os DIs para diversos vencimentos registraram ligeiras quedas.
Bolsas de NY iniciam semana no vermelho, atentas a eventos-chave
O mercado acionário de Nova York teve uma abertura de semana no vermelho, com os investidores adotando uma postura cautelosa à espera de eventos cruciais que darão um direcionamento à política monetária do Federal Reserve. Entre os eventos aguardados, destacam-se a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso americano, e a divulgação dos dados do payroll.
No encerramento do pregão, o índice Dow Jones registrou uma queda de 0,25%, atingindo 38.989,83 pontos, enquanto o S&P500 recuou 0,12%, fechando em 5.130,95 pontos. O Nasdaq também apresentou uma desvalorização, perdendo 0,41% e encerrando o dia com 16.207,51 pontos.
Um dos destaques negativos do dia foram as ações do New York Community Bancorp (NYCB), que sofreram uma forte queda de 23,10%. A queda acentuada está relacionada às dificuldades enfrentadas pelo banco, além do seu rebaixamento pelas agências de classificação de risco Fitch e Moody’s.
Além disso, os retornos dos Treasuries apresentaram avanço. O rendimento do T-bond de 30 anos subiu para 4,354%, enquanto o da T-note de 2 anos avançou para 4,598%. Os rendimentos dos T-notes de 5 e 10 anos também registraram aumentos, refletindo a cautela dos investidores e a expectativa em torno dos eventos que moldarão o cenário econômico e a política monetária nos Estados Unidos nos próximos dias.
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