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Planejamento financeiro: qual é o segredo para não desistir?

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Educação financeira, levantamento orçamentário, gerenciamento de crédito e auxílio de ferramentas online são algumas maneiras de seguir o planejado.

Fazer um levantamento orçamentário, escolher investimentos diversificados, usar aplicativos para acompanhar as finanças e tomar decisões baseadas em dados são algumas das formas de não desistir do planejamento financeiro. Além das estratégias de gestão de dinheiro, para um futuro seguro, é importante buscar educação financeira continuamente e se manter atualizado sobre as tendências e as melhores práticas de investimento do mercado. 

De acordo com levantamento realizado pelo Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe) e pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), o número de pessoas que fazem planejamento financeiro tem aumentado nos últimos anos. Em 2021, por exemplo, a porcentagem era de 64,6%; em 2022, subiu para 70,3% e, em 2023, o quantitativo atingiu 74,7%. A pesquisa do ano passado entrevistou 650 pessoas em sete capitais brasileiras das regiões Sul e Sudeste. 

Os principais motivos que levam as pessoas a fazerem um planejamento financeiro incluem a própria organização das finanças, apontada por 35,1% dos entrevistados, e o gerenciamento de despesas mensais, citada por 16,9%. Em seguida, aparece o planejamento de aposentadoria, 16,5%, e o objetivo de evitar endividamento, 8,9%. Além disso, 4,9% dos respondentes disseram se planejar para guardar dinheiro para possíveis emergências e riscos.

Compras de bens e serviços aparecem em sétimo lugar, sendo o planejamento de viagens mencionado por 3,3%, a aquisição de um imóvel, por 2,5%, e a realização de sonhos não especificados, por 1,4%. Os que desejam sair do endividamento representam 1,2%, e aqueles que buscam ter estabilidade financeira, renda passiva, deixar herança ou aumentar o patrimônio, menos de 1% dos participantes.

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Ainda segundo o estudo do Ibespe/Planejar, 25,3% dos entrevistados não fazem um planejamento financeiro por “não ter renda o suficiente” ou por não saber como fazer. Não ter disposição, hábito ou tempo e estar desempregado ou endividado também aparecem na lista das razões. 

Organização é imprescindível para tomada de decisões coerentes e seguras

Como o cenário econômico passa por mudanças constantes, é necessário que os investidores e as pessoas interessadas em se organizar financeiramente mantenham-se informadas para tomar decisões baseadas em análises. Nesse sentido, conforme ressaltado por entidades como a Bolsa de Valores do Brasil (B3), a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é importante fazer uma gestão de riscos e apostar numa carteira de investimentos diversificada. 

Segundo as instituições, dar atenção a fatores como organização financeira, gerenciamento das despesas do mês, reserva de emergência e previdência privada são passos que podem contribuir para fortalecer a estabilidade financeira a longo prazo. Essas medidas protegem contra imprevistos e abrem portas para oportunidades de crescimento patrimonial e alcance de objetivos.

Nesse sentido, diversificar os investimentos, como títulos de renda fixa, Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Fundos Imobiliários (FIIs) e ações, é apontado como um meio de distribuir riscos e maximizar retornos. 

As entidades lembram ainda que é fundamental priorizar a quitação das dívidas antes de iniciar o planejamento financeiro e os investimentos. O primeiro passo consiste em eliminar as contas em atraso para evitar o acúmulo de juros e taxas, o que pode se tornar uma bola de neve financeira.

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Em seguida, é recomendado fazer um levantamento do orçamento disponível, identificando todas as quantias que entram e saem da conta mensalmente. Gerenciar o crédito de forma responsável e evitar novas dívidas para manter uma boa pontuação de crédito é outra orientação.

Para facilitar o acompanhamento das finanças pessoais e, consequentemente, uma tomada de decisões mais informada, é indicado utilizar ferramentas como aplicativos de orçamento e plataformas de investimento online. Buscar desenvolvimento pessoal e educação financeira, por meio de cursos online, consultas com especialistas e podcasts ou blogs especializados também são etapas para uma gestão financeira eficaz e sustentável.

Tecnologia contribui para planejamento financeiro assertivo e duradouro

A compreensão das emoções dos clientes tem passado a ser um aspecto-chave para as instituições financeiras no momento de traçar um planejamento financeiro duradouro e sem desistências. Assim, é importante também fazer com que as pessoas entendam que o processo de investir demanda uma preparação.

Além das perguntas tradicionais que costumam constar nos formulários para identificar o perfil do investidor – conservador, moderado ou arrojado –, é preciso considerar outros aspectos da vida dos indivíduos. A presença ou não de doenças na família, se moram no interior ou na capital, quais hobbies possuem são alguns exemplos de questões que precisam ser levadas em conta para que seja possível traçar um planejamento financeiro realista e que possa ser, de fato, seguido. 

Essas informações foram repassadas por consultores financeiros que participaram do painel “Planejamento Financeiro: inovações, tendências e desafios dos profissionais da área”, promovido pelo Insper – instituição sem fins lucrativos dedicada ao ensino e à pesquisa. O evento ocorreu no início de março deste ano e contou com a mediação da gerente de projetos da B3 Educação, Marina Naime, e do professor de Finanças do Insper, Ricardo H. Rocha. 

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Os especialistas afirmam que o open banking e o open finance, por exemplo, tendem a ajudar cada vez mais o planejador financeiro a conhecer mais profundamente seus clientes. O uso da inteligência artificial (IA) também foi destacado para identificar informações e dados mais precisos sobre os usuários e, assim, ajudar a criar estratégias mais adequadas a cada caso. 

Os recursos tecnológicos devem transformar o mercado de planejamento financeiro nos próximos cinco anos. Na avaliação dos consultores, esse esforço pode mudar a economia brasileira.

Eles pontuam que, com o auxílio de planejadores, as pessoas vão conseguir contratar crédito seguro e barato. Além disso, com educação financeira e ganho de produtividade proporcionado pela IA, por exemplo, os clientes tendem a se habituar ao sacrifício de poupar dinheiro e deixar a comemoração para o fim do processo.


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