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Investimentos dos brasileiros crescem 6,1% e chegam a R$ 6,8 tri

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Segmento de varejo responde por R$ 4,6 trilhões do volume, enquanto R$ 2,2 trilhões são provenientes do private.

Os investimentos das pessoas físicas no Brasil cresceram 6,1% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao fechamento de 2023, totalizando R$ 6,8 trilhões, segundo dados divulgados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante engloba os segmentos private (clientes com mais de R$ 5 milhões aplicados), varejo alta renda e varejo tradicional.
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Confira os dados de private na íntegra
Confira os dados de varejo na íntegra 

O volume do private avançou 7,4% em 2024, totalizando R$ 2,2 trilhões – o segmento tem 156,4 mil contas e66,2 mil grupos econômicos. Já o varejo somou R$ 4,6 trilhões, alta de 5,5% em relação a dezembro do ano passado. O valor está dividido em R$ 2,2 trilhões no varejo tradicional e R$ 2,4 trilhões no alta renda. Os dois segmentos têm 163,5 milhões de contas, que não representam CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas) únicos, já que cada pessoa pode aplicar em mais de um produto e ser cliente de mais de uma instituição.

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Alocação das carteiras 

No total dos três segmentos, 45,3% (R$ 3,1 trilhões) estão alocados em títulos e valores mobiliários, alta de 7,4% em relação ao fechamento de 2023. Com crescimento de 6,4%, os fundos de investimento vêm a seguir, com fatia 24,9% (R$ 1,7 trilhão). Respondendo por 16% (R$ 1,1 trilhão) do total, a previdência avançou 7,6%. Já a poupança, com R$ 917,5 bilhões em investimento, perdeu espaço na carteira dos brasileiros: passou de 14,5% em dezembro de 2023 para 13,6% ao final do primeiro trimestre deste ano.

“A conjuntura econômica do primeiro trimestre, com queda na inflação e na taxa de juros, contribuiu para aumentar a confiança do investidor que, além de ampliar o volume aplicado, diversificou mais a carteira”, afirmou Ademir A. Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da ANBIMA.

Isentos continuam em alta 
 
Apesar de as regras do CMN (Conselho Monetário Nacional) terem restringido a emissão de lastro para produtos isentos de imposto de renda, os investidores ampliaram os investimentos nesses títulos.
 
“Embora a Selic esteja em queda, ela ainda permanece em dois dígitos, favorecendo o investimento em ativos de renda fixa, sobretudo nos isentos”, disse Correa Júnior.
 
Os CRAs e os CRIs (Créditos de Recebíveis do Agronegócio e Imobiliários, respectivamente) cresceram, nesta ordem, 19,9%, totalizando R$ 111,3 bilhões, e 17,5%, para R$ 73,4 bilhões. O avanço das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) foi de 15,7%, somando R$ 330,5 bilhões ao final do trimestre. Já as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e as LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) tiveram aumentos mais modestos: de 5,2%, para R$ 435,4 bilhões, e de 1,9%, chegando aos R$ 110,9 bilhões, respectivamente.

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Ainda entre os instrumentos isentos, as debêntures incentivadas, que não foram afetadas pelas mudanças anunciadas pelo CMN em fevereiro deste ano, totalizaram R$ R$ 71,7 bilhões, alta de 9,1% no trimestre na comparação com o fim de 2023.

Entre os produtos sem o benefício fiscal, as debêntures tradicionais cresceram 15,4%, somando R$ 40,4 bilhões, puxadas pelos clientes do varejo que ampliaram a aplicação em 44,8%. No private, o produto registrou um recuo de 1,9%.

“As mudanças nas regras para a emissão dos isentos favoreceram a busca dos investidores, especialmente os de varejo, pelas debêntures. No private, esse movimento não aconteceu em função da maior diversificação da carteira”, explicou o executivo da ANBIMA.

Os brasileiros ampliaram em 7,2% a alocação em CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que somaram R$ 923,5 bilhões ao final do primeiro trimestre. Os títulos públicos fecharam março com R$ 162,6 bilhões, alta de 10,2% na mesma base de comparação. Já as ações cresceram 2,2%, para R$ 712,1 bilhões.

Fundos de investimento 

No primeiro trimestre, os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) registraram alta de 19,9%, para R$ 32,9 bilhões. Os FIIs (fundos imobiliários) fecharam março em R$ 106,1 bilhões, crescimento de 16,9% na comparação com o fim do ano passado. Os fundos de renda fixa cresceram 13,3%, para R$ 645,2 bilhões. Os multimercados e os de ações, que incluem os FMPs (Fundos Mútuos de Privatização), terminaram o trimestre praticamente estáveis: os primeiros avançaram 0,8%, para R$ 633,7 bilhões, enquanto os segundos recuaram 0,6%, somando R$ 246,2 bilhões.
 

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Investimentos por região 
 
Todas as regiões registraram aumentos no primeiro trimestre deste ano. O Sudeste, que concentra R$ 4,5 trilhões em volume investido, cresceu 5,3% em relação a dezembro de 2023. O avanço do montante aplicado pelos investidores do Sul foi de 8%, totalizando R$ 1,2 trilhão. No Nordeste, o aumento foi de 7%, somando R$ 611,4 bilhões. Na região Centro-Oeste, o crescimento foi de 8,3%, para R$ 359,1 bilhões, enquanto no Norte, houve um aumento de 6,7%, para R$ 114,1 bilhões.


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