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BC não deve intervir na alta do dólar

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  • Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, descartou intervenções imediatas para conter a alta do dólar.
  • Ele enfatizou a separação da política de juros e das medidas macroprudenciais, como intervenções cambiais.
  • O dólar atingiu R$ 5,53, refletindo preocupações sobre o aumento do risco nos mercados financeiros brasileiros.
  • Campos Neto argumentou que uma intervenção pontual teria pouco impacto diante da atual volatilidade.
  • O Banco Central possui instrumentos como swaps cambiais, leilões de linha e vendas diretas de dólares para estabilizar o mercado.
  • Preservar as reservas internacionais é uma prioridade, evitando intervenções que comprometam a estabilidade econômica.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou hoje que não há planos imediatos para intervir no mercado cambial para conter a crescente valorização do dólar. Esta posição foi reiterada em meio a preocupações crescentes sobre os impactos inflacionários da moeda norte-americana em alta.

Em declarações durante um evento, Campos Neto enfatizou a estratégia do Banco Central de separar a política de juros, utilizada para controlar a inflação, de outras medidas macroprudenciais, como intervenções diretas no câmbio.

“O câmbio é flutuante [a cotação varia de acordo com a demanda e a oferta pela moeda] e intervenção tem de ser por conta de disfuncionalidade pontual [como a ausência de moeda, em um momento em que as instituições a procuram]. Não fazemos intervenção visando algum tipo de nível [da taxa de câmbio]”

Afirmou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A alta recente do dólar, que atingiu R$ 5,53 hoje, vem sendo associada à percepção de maior risco nos mercados financeiros locais. No entanto, o presidente do BC argumentou que uma intervenção pontual teria “pouca efetividade” diante desse cenário mais amplo.

O Banco Central possui diferentes ferramentas à disposição para intervir no mercado cambial, incluindo contratos de swaps cambiais, leilões de linha e vendas diretas de dólares. Cada um desses instrumentos tem o objetivo de estabilizar o mercado e mitigar os impactos econômicos da volatilidade cambial.

Campos Neto também destacou a importância de preservar as reservas internacionais do país, reiterando que o Banco Central evita intervenções que possam comprometer significativamente esses recursos essenciais para a estabilidade econômica.

O Banco Central dispõe de diversos instrumentos para intervir no mercado cambial e tentar conter a alta do dólar. Estes incluem:

  • Contratos de Swaps Cambiais: Operações equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro, onde o BC oferece contratos de venda de dólares sem entrega física imediata. Ao término dos contratos, os investidores pagam juros e recebem a variação do dólar.
  • Vendas Diretas de Dólar: Realizadas no mercado à vista, estas vendas retiram dólares das reservas internacionais do Brasil. Contudo, o Banco Central evita recorrer a este instrumento para evitar uma redução excessiva das reservas, consideradas essenciais para manter a confiança no mercado.
  • Leilões de Linha: Feitos também no mercado à vista, onde o BC vende dólares das reservas internacionais. Os recursos devem ser devolvidos ao Banco Central em um prazo definido, mas enquanto estão em circulação, não impactam diretamente as reservas cambiais, pois retornam após o período estipulado.

Esses mecanismos visam equilibrar o mercado cambial, garantir a estabilidade financeira e controlar eventuais pressões inflacionárias decorrentes da valorização do dólar frente ao real.


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