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Sob Lula, TCU reduz operações de combate a corrupção

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A Controladoria-Geral da União (CGU) registrou uma queda significativa no número de operações especiais de combate à corrupção desde o início do governo Lula. De acordo com dados divulgados pela própria CGU, o número médio de operações anuais caiu de 66 durante o governo Bolsonaro para 37 em 2023 e 33 até outubro de 2024.

Durante o governo Bolsonaro, a CGU realizou uma média de 66 operações especiais por ano, com um recorde de 96 operações em 2020 e 64 em 2021, anos marcados pela pandemia de Covid-19 e pelo monitoramento de gastos emergenciais. Em contraste, no governo Lula, o número de operações caiu para 37 em 2023 e 33 até outubro de 2024, o menor patamar desde o segundo mandato de Dilma Rousseff, quando foram registradas 32 operações em 2015.

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A redução no número de operações coincide com a reformulação interna da CGU no ano passado, que extinguiu a Secretaria de Combate à Corrupção, criada pelo governo Bolsonaro. As funções dessa secretaria foram incorporadas à Secretaria Federal de Controle Interno, o que resultou na necessidade de os auditores conciliarem as operações de combate à corrupção com o trabalho rotineiro de avaliação de programas de governo, como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Farmácia Popular.

Apesar da queda no número de operações, a CGU sustenta que os valores dos desvios descobertos estão mais altos do que no governo passado. Em 2023, os desvios detectados somaram R$435,6 milhões, enquanto em 2024, até outubro, foram identificados R$151,4 milhões em desvios. Esses números superam a média de R$ 306 milhões de desvios descobertos durante o governo Bolsonaro.

A redução das operações especiais gerou críticas de especialistas e técnicos do governo. Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceitamos Corrupção e procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, afirmou que a queda no número de operações “escancara a falta de compromisso do governo Lula no enfrentamento à corrupção”. Ele destacou que a CGU não é um órgão de Estado, mas sim de governo, e que a diminuição das operações é preocupante em um país onde a corrupção está fora de controle.

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Técnicos do governo, que preferiram não se identificar, compartilharam a percepção de que o combate a desvios perdeu protagonismo com a extinção da Secretaria de Combate à Corrupção. Eles apontaram que a CGU está priorizando outras áreas, como a promoção da transparência e das atividades de ouvidoria, mas que isso não deve ocorrer às custas do combate à corrupção.

O que diz a CGU:

“A CGU se dedica a enfrentar as complexidades do combate à corrupção em todas as suas dimensões”.

afirma o órgão, que contabiliza um total de 696 operações de combate à corrupção realizadas desde 2003.

A Controladoria, que tem estatuto de ministério, também sustenta que para avaliar a efetividade das operações, considera uma série de indicadores – e não apenas o número de operações realizadas –, como montantes envolvidos, prejuízos apurados e valores bloqueados judicialmente.


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Agência Brasil

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