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Suno: Braiscompany é pirâmide e sócia recebe Bolsa-Família

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Recentemente, o Guia do Investidor trouxe um artigo informativo sobre, dentre outros temas, as pirâmides e instituições duvidosas, que rendeu uma ampla fonte de informações aos leitores. Mas onde isto se relaciona com o presente artigo sobre a Braiscompany? Certamente poderá agregar uma boa base para a melhor interpretação da matéria a seguir.

Acontece que, mais uma vez, uma empresa que promete altos rendimentos volta aos holofotes. E dessa vez, evidenciada pela Suno, uma vez que o próprio Tiago Reis destaca que a rentabilidade prometida pela companhia está “fora do mercado”.

Em primeiro lugar, consoante a matéria publicada pela Suno Notícias, a Braiscompany, que promete cerca de 15% de rentabilidade ao mês, tem sua sócia-diretora pedindo pelo auxílio emergencial e recebendo o Bolsa Família.

Além disso, a companhia, acusada de operar um suposto esquema de pirâmide financeira, tem como fundador o Antônio Inácio da Silva Neto, que, segundo a Suno, é réu em diversos processos. Bem como sua esposa, Fabrícia Frias, acusada de ser beneficiária do programa de assistência a famílias socialmente vulneráveis, o Bolsa Família, e já teria recebido R$ 15.556,00 em assistencialismo. Nesse sentido, a Suno também aponta a Fabrícia como candidata ao “coronavoucher”, mas sem sucesso.

Por fim, Antônio Inácio da Silva Neto, esteve envolvido em um escândalo de pirâmide financeira em 2018, com o Clube D-9.

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Sobre a Braiscompany 

A empresa paraibana, que possui sede em Campina Grande, promete resultados elevados, acima das possibilidades do mercado, promovendo operações a partir da movimentação day trade. Dessa forma, a Braiscompany foi de uma sala pequena, para uma superestrutura de 1500 metros quadrados, em apenas dois anos.

Segundo a própria empresa, os seus investimentos estão relacionados ao mercado através da locação de ativos digitais, que promete o retorno aos clientes em um período pré-estabelecido, com um contrato assinado entre as duas partes.

Se denominando a maior holding de blockchain da América Latina, a Braiscompany afirma, em seu Sumário Executivo Oficial, o rendimento mensal entre 10% e 30%.

“Todos os meses, as rentabilidades vão para a sua carteira, até que a soma de todas elas seja o dobro do capital aportado, encerrando o contrato”.

Como consta no Sumário Executivo Oficial, encontrado pela Suno

Ou seja, a companhia, mesmo dizendo promover operações com ativos de alta liquidez, somente permitia a retirada dos valores ao final dos contratos. Além disso, um ponto de atenção é que esta instituição diz trabalhar com o rendimento fixo, mesmo operando renda variável, algo realmente fora da realidade.

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O fundador da Suno, Tiago, explica que “o maior investidor de todos os tempos, Warren Buffett, conseguiu obter, em meio século, uma média de cerca de 1,6% ao mês. Essa rentabilidade prometida pela Braiscompany é completamente inverossímil”

O início do fim?

Recentemente, através de depoimentos em mídias sociais, alguns investidores da holding já alegam não conseguírem mais sacar os valores investidos. 

“Um sinal claro de que a pirâmide está começando a desmoronar”

Como dito por Tiago Reais

Vale destacar ainda que, após uma apuração, a Suno alega não haver registro da Braiscompany na Comissão de Valores Mobiliários. Inclusive, a CVM já abriu um processo contra a companhia. 

Nesse sentido, ao que parece, o Ministério Público da Paraíba também iniciou uma investigação sobre a possibilidade de pirâmide financeira há meses. 

O que a OAB tem em comum com a Braiscompany?

A Suno finaliza sua matéria trazendo um ponto relevante, que é a relação entre a Braiscompany e a Ordem dos Advogados do Brasil de Campina Grande.

Nesse sentido, houveram registros de diversos momentos onde ambas as instituições participaram de forma próxima. 

“O próprio presidente da OAB de Campina Grande, Jairo de Oliveira Souza, aparece em vídeos da Braiscompany falando de ‘parceria’ que teria surgido por acreditar na Braiscompany”

Trecho do artigo Suno

No mais, a OAB emitiu uma nota de esclarecimento, informando que não existe qualquer convênio assinado com empresas de gestão de investimentos financeiros. No documento consta a assinatura do próprio Jairo de Oliveira Souza.

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Por fim, ao ser procurada, a Braiscompany afirmou que está preparando uma nota de defesa em breve.


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