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Em 2020, foi divulgado pelo Conselho Federal de Medicina que o Brasil possuía mais de meio milhão de médicos, esse valor resulta em uma média de 2,4 médicos a cada mil habitantes. Essa média se aproxima de países como Estados Unidos e Canadá, no entanto, notamos uma realidade médica bem diferente dos países citados em razão da concentração desses profissionais em determinados polos, levando a uma carência de especialistas em outras regiões.
Buscando aliviar a sobrecarga do sistema de saúde nacional e encurtar a distância entre cidadão e médico surge a telemedicina, desenvolvida para fornecer aos pacientes consultas e diagnósticos com maior celeridade, levando força médica qualificada a todas as regiões do Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC), pelo menos 50% da população brasileira utilizou o sistema de atendimento médico virtual em 2021.
Existem alguns fatores que aumentam a demanda do sistema de saúde, um deles é o envelhecimento da população. De acordo com o IBGE, em 2017 superamos a marca de 30,2 milhões de pessoas na terceira idade. Com o aumento do percentual de pessoas nessa faixa etária, temos um agravante para a sobrecarga do sistema de saúde público e privado, por conta da necessidade extra que esse grupo demanda em termos de cuidados assistenciais.
Este cenário, somado aos impactos da pandemia do Covid-19 que limitou as consultas e exames presenciais, e que agora, com a retomada dos atendimentos, superlota os sistemas de saúde.
Por outro lado, a pandemia permitiu que a telemedicina demonstrasse sua importância com a conquista do aspecto regulatório em caráter emergencial, e que a partir de 2022, passou a ter caráter permanente.
A telemedicina tem em sua gama de atendimento: teleconsulta, onde o paciente entra em contato com o Médico clínico ou especialista, e entende e a necessidade de ir ou não a uma consulta presencial; e o telediagnóstico, onde o profissional de saúde realiza exames em qualquer local do país e recebe o laudo em alguns minutos, através de um Médico especialista, que utiliza uma plataforma para recebimento e transmissão das informações.
Um dos grandes potenciais para essa tecnologia no Brasil é o atendimento ao sistema público, já que é um setor que apresenta uma carência maior se comparado ao privado, e pode na tecnologia reduzir os agravantes, por conta das suas soluções efetivas, baixa margem de erro e bom custo.
Por fim, o grande avanço da telemedicina está em conectar as pessoas aos profissionais da saúde, Médicos ou não médicos, facilitando o acesso aos cuidados assistenciais e acelerando diagnósticos e tratamentos para evitar a complicação do quadro e riscos à saúde. Temos um potencial enorme no Brasil de parcerias com instituições, universidades e empresas para potencializarmos os atendimentos de Médicos clínicos e especialistas e, somado à tecnologia, democratizarmos a saúde no país.
Por Bruno Vale, Country Manager Atrys Brasil.
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