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Geraldo Alckmin descarta reestatização e critica recompra de refinarias pela Petrobras. Vice-presidente afirma em entrevista à GloboNews.
O vice-presidente em exercício, Geraldo Alckmin, rejeita a ideia de reestatização e critica a recompra de refinarias pela Petrobras, enfatizando a importância da segurança jurídica para atrair investimentos. Em entrevista à GloboNews, Alckmin também nega ajuda financeira direta a empresas aéreas e à indústria naval, destacando a utilização de fundos específicos para setores. Ele ressalta a necessidade contínua de reformas econômicas e medidas de proteção social.
Alckmin defende segurança jurídica e rejeita intervenções estatais diretas em setores estratégicos
Em uma entrevista franca à GloboNews, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, expressou sua posição firme contra qualquer movimento de reestatização durante o atual governo. Alckmin destacou que tal medida poderia comprometer a segurança jurídica, elemento crucial para atrair investimentos, enfatizando a necessidade de manter um ambiente favorável aos negócios.
Além disso, Alckmin criticou a possibilidade de a Petrobras recomprar refinarias que foram recentemente privatizadas, alertando para os riscos de instabilidade que isso poderia gerar no mercado. Sua posição reflete uma abordagem cautelosa em relação às intervenções estatais diretas em setores estratégicos da economia.
Quanto à situação das companhias aéreas e da indústria naval, Alckmin foi categórico ao afirmar que não haverá aporte direto de dinheiro público. Ele esclareceu que existem fundos específicos, como o Fundo Nacional de Aviação Civil e o Fundo da Marinha Mercante, destinados a fornecer suporte financeiro sem recorrer aos recursos do tesouro nacional.
O vice-presidente em exercício também ressaltou a importância de manter o ímpeto das reformas econômicas, destacando a necessidade de desburocratização contínua e a busca por um equilíbrio entre eficiência econômica e rede de proteção social.
Petrobras negocia com Mubadala por refinaria em Mataripe
Ainda sobre as refinarias que a Petrobras pode comprar, recentemente noticiamos que a estatal está em avançadas negociações com a Mubadala Capital, braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, visando adquirir parte ou a totalidade da refinaria de Mataripe, localizada na Bahia, até o primeiro semestre de 2024. O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou através de sua conta no X (antigo Twitter) que as equipes estão intensificando os esforços para finalizar um acordo ainda nos próximos meses.
Prates ressaltou que as discussões serão aceleradas após o período de Carnaval, com o objetivo de concluir a configuração societária e operacional da refinaria no primeiro semestre deste ano. O CEO também destacou sua reunião com o vice-CEO do grupo Mubadala, Waleed Al Muhairi, como parte dessas negociações em curso.
Além da aquisição da refinaria, Prates expressou o interesse da Petrobras em ampliar e aprimorar o empreendimento de biocombustíveis em conjunto com a Mubadala Capital no Brasil. Essa parceria estratégica não apenas visa recuperar a operação da refinaria, mas também explorar novas oportunidades de crescimento no setor de energias renováveis.
Enquanto a Petrobras busca consolidar essa parceria com investidores estrangeiros, operadoras independentes como 3R (RRRP3), PetroReconcavo (RECV3), Enauta (ENAT3) e PRIO (PRIO3) estão buscando novas formas de expansão diante do recuo da estatal em seu plano de desinvestimento.
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