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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (21) que o governo federal deve divulgar na próxima segunda-feira (25) ou terça-feira (26) o aguardado pacote de corte de gastos. A medida visa um rearranjo das contas públicas com o objetivo de gerar uma economia significativa, estimada em R$ 70 bilhões até 2026. A informação foi confirmada por Haddad durante uma entrevista coletiva, onde ele detalhou os próximos passos para a formalização do pacote e os ajustes finais que ainda precisam ser feitos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o ministro, o governo se prepara para uma reunião decisiva na manhã de segunda-feira, às 10h, no Palácio do Planalto. Durante o encontro, a proposta será revisada e ajustada com a presença de Lula, que já recebeu uma minuta dos atos que compõem o pacote.
“Na segunda de manhã, nós vamos bater a redação dos atos que foram minutados pela Casa Civil. Nós vamos passar para o presidente [Lula] a minuta dos atos e ajustar os detalhes, incluindo um acordo que foi feito com a Defesa”.
explicou Haddad.
A expectativa é que, após os ajustes, o governo esteja pronto para anunciar oficialmente as medidas no início da próxima semana, com a decisão final sobre a data de divulgação a cargo da comunicação do governo. “Ao fim da reunião de segunda-feira, nós estaremos prontos para divulgar. Aí faremos isso na própria segunda ou na terça”, disse o ministro.
A proposta de corte de gastos, que ainda está sendo refinada, já foi apresentada aos presidentes das duas Casas Legislativas e visa atender aos compromissos do governo com o equilíbrio fiscal. Embora Haddad tenha evitado divulgar valores específicos, fontes do portal CNN Money revelaram que o pacote de cortes deve gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos: R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.
Foco no equilíbrio fiscal e na trajetória da dívida pública
Haddad também ressaltou que a medida é uma parte fundamental do esforço para reforçar o arcabouço fiscal do país. Em suas declarações, ele enfatizou a importância de trabalhar em direção ao equilíbrio orçamentário e à trajetória da dívida pública. A proposta do governo segue alinhada com as metas fiscais estabelecidas para os próximos anos e visa garantir a sustentabilidade das finanças públicas, enquanto busca também a retomada do crescimento econômico.
“Já adiantamos algumas medidas parlamentares para os líderes das Casas, que são suficientes para reforçar o arcabouço fiscal. O arcabouço fiscal é uma regra excelente para nós, pois nos permite mirar o equilíbrio orçamentário e trabalhar a trajetória da dívida. Isso nos dá tranquilidade para continuar crescendo com a inflação dentro da meta”.
afirmou Haddad.
O ministro também destacou que, no futuro próximo, com a possível queda dos juros, o Brasil poderá viver um ciclo mais favorável para o crescimento econômico.
Expectativa e desafios
Com a expectativa de que o pacote de cortes traga um alívio nas contas públicas, a medida tem sido aguardada com atenção pelos mercados e pela sociedade. A capacidade do governo em manter a inflação controlada e continuar a trajetória de crescimento dependerá de uma implementação eficaz dos cortes e das medidas fiscais, algo que o governo busca garantir com o apoio dos parlamentares e de uma comunicação clara.
Com a agenda de Lula já liberada para a reunião de segunda-feira, o governo está determinado a concluir os ajustes finais e anunciar o pacote de medidas fiscais em breve, em um esforço para equilibrar as contas e pavimentar o caminho para o crescimento sustentável do Brasil.
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