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As ações do IRB Brasil (IRBR3) operam em forte queda nesta sexta-feira (2), após a precificação do follow-on ter saído a R$ 1 por ação, abaixo da cotação do último fechamento, de R$ 1,40.
O follow on do IRB
O mercado sempre busca oportunidades para lucrar, seja com alta de papéis ou até mesmo com quedas. Para quem vê o “copo meio vazio” as apostas negativas com as ações da IRB vem chamando a atenção, mas as vagas para ser um dos torcedores do azar estão acabando.
Tem tanto investidor querendo ‘shortear’ o IRB que a quantidade de ações alugadas da empresa está muito perto de bater o limite definido pela B3 de 25% do free float (as ações em circulação no mercado). Quando – e se – isso acontecer, a Bolsa vai informar ao mercado, interromper o registro de novos contratos e determinar o encerramento de operações para que o limite volte a ser respeitado.
Outra opção é reajustar o limite. O aluguel de ações é uma parte fundamental para montar uma posição ‘vendida’ em uma ação.
Hoje, há cerca de 316 milhões de ações do IRB alugadas. Na tela da Bloomberg, a posição equivale a 25,12% do free float, mas a Bolsa faz ajustes nesse cálculo para evitar alguma dupla contagem de contratos de aluguel que vão vencer e são rolados antecipadamente. Com tanta gente querendo lucrar com a queda do IRB, a taxa cobrada para o empréstimo das ações disparou, saindo de 20% para os 45% no último mês. A taxa só perde para os 49% cobrados para alugar os papéis do TC. (Esses patamares de taxa estão muito acima da média do mercado, que gira ao redor dos 5%).
Até o início de julho, o aluguel com ações do IRB estava na casa de 200 milhões de ações (16% do free float). A quantidade de operações começou a subir e superou os 250 milhões de ações a partir de meados de julho, depois que a empresa divulgou um prejuízo de R$ 273 milhões em maio.
As operações tiveram um novo salto após o resultado do IRB no segundo trimestre, quando a companhia reportou uma insuficiência de R$ 613,8 milhões do patrimônio líquido ajustado em relação ao capital mínimo requerido; e uma insuficiência de R$ 730 milhões no enquadramento da cobertura de provisões técnicas e liquidez regulatória.
Uma solução?
A IRB anunciou ontem a realização de uma oferta pública primária de ações com esforços restritos de colocação de 597.014.925 novos papéis, que ao preço da cotação de ontem (R$ 2,01) devem movimentar em torno de R$ 1,2 bilhão, sem considerar lotes extras. Afinal, um aumento de capital “resolve” o problema com o free float do papel.
A quantidade de ações poderá ser acrescida em até 200% do total de ações inicialmente ofertadas, ou seja, em até 1.194.029.850 novos papéis.
Acionistas correm atrás para não perder capital votante
Os atuais acionistas do IRB, dos quais Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Itaú (ITUB4) são os maiores, injetaram R$ 460 milhões na compra de novas ações da resseguradora com o objetivo de evitar a diluição de suas participações na empresa, disseram fontes do Broadcast. Esse foi o montante da oferta prioritária, voltada para os sócios da companhia.
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