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- A Apple enfrenta desafios significativos na China para implementar inteligência artificial nos iPhones devido a regulamentações rigorosas.
- Recentemente, anunciou uma parceria com a OpenAI para integrar o ChatGPT à Siri, porém esta tecnologia é proibida na China.
- As vendas de iPhones na China caíram 10% no primeiro trimestre devido a um mercado competitivo e dificuldades econômicas.
- A Apple está buscando uma parceria com uma empresa de IA local para adaptar seus produtos às preferências dos consumidores chineses e cumprir as regulamentações.
- Além da China, enfrenta desafios regulatórios na União Europeia que impedem o lançamento de novos recursos de IA.
- A pressão está alta para a Apple estabelecer uma parceria antes do lançamento esperado para o outono, visando manter sua competitividade no mercado global de smartphones.
Apple Busca Parceria na China para Integrar IA em iPhones
A Apple está enfrentando desafios significativos na China enquanto busca impulsionar as vendas do iPhone através de avanços em inteligência artificial. A empresa anunciou uma parceria estratégica com a OpenAI para integrar o ChatGPT à sua assistente virtual, Siri, visando competir com gigantes como Microsoft, Google e Meta.
No entanto, a implementação dessas tecnologias enfrenta obstáculos regulatórios na China, onde a Administração de Ciberespaço impôs diretrizes rigorosas para o uso de IA generativa. Isso inclui a necessidade de aprovação prévia para operar serviços que empregam tais modelos de inteligência artificial.
Diante desse cenário, a Apple está agora buscando ativamente uma parceria com uma empresa local de IA para facilitar a conformidade regulatória e adaptar suas ofertas às especificidades do mercado chinês. Até o momento, no entanto, não há um acordo finalizado, apesar das negociações em andamento.
A urgência da situação é impulsionada pela recente queda de 10% nas vendas de iPhones no primeiro trimestre deste ano, conforme relatado pela IDC. Esta queda foi particularmente acentuada na China, onde fatores como nacionalismo crescente, desafios econômicos e aumento da concorrência contribuíram para a perda de impulso da Apple.
O mercado chinês é crucial para a Apple, sendo o segundo maior mercado para a empresa. A busca por uma parceria local não apenas visa superar desafios regulatórios, mas também fortalecer a posição da Apple em um mercado competitivo e essencial para seu crescimento global.
Questões na União Europeia
A Apple está enfrentando dificuldades significativas para lançar novos recursos de inteligência artificial na União Europeia (UE) devido a desafios regulatórios, conforme revelado em um comunicado enviado à CNN Internacional. A empresa expressou preocupações específicas em relação à Lei dos Mercados Digitais (DMA), destacando que isso poderia impedir o lançamento de três importantes recursos para usuários europeus este ano.
Em um comunicado oficial, um porta-voz da Apple afirmou que, devido às incertezas regulatórias causadas pela DMA, a empresa não acredita que conseguirá disponibilizar os recursos de iPhone Mirroring, melhorias de compartilhamento de tela SharePlay e Apple Intelligence na UE em 2024. A DMA, que visa regular grandes plataformas digitais para promover a concorrência justa e proteger os consumidores, está levantando preocupações significativas para a Apple em termos de conformidade e segurança dos dados dos usuários.
A Apple enfatizou seu compromisso em colaborar com a Comissão Europeia para encontrar uma solução que permita oferecer essas funcionalidades aos clientes da UE sem comprometer a privacidade e segurança dos dados. No entanto, a empresa destacou que os requisitos de interoperabilidade da DMA poderiam potencialmente exigir compromissos que afetam a integridade de seus produtos.
Concorrência na China
A Apple enfrenta crescentes preocupações na China quanto às vendas do iPhone, à medida que a concorrência local, especialmente da Huawei, continua a ganhar terreno. No primeiro trimestre, as vendas de smartphones Huawei cresceram impressionantes 70%, conforme dados da Counterpoint Research, intensificando a pressão sobre a Apple para inovar e manter sua posição no mercado.
Nabila Popal, diretora sênior da IDC Research, destacou a importância de a Apple encontrar um parceiro local na China para integrar suas funcionalidades de IA. Ela enfatizou que os consumidores chineses de smartphones premium esperam ter acesso às últimas tecnologias de IA, e a falta desses recursos poderia influenciar suas decisões de compra.
Popal também apontou que o verdadeiro crescimento da Apple na China dependerá da evolução de sua plataforma Apple Intelligence, oferecendo suporte a mais idiomas além do inglês e explorando colaborações com modelos locais de IA, semelhantes ao ChatGPT.
Reece Hayden, analista da ABI Research, ressaltou que empresas de IA chinesas podem oferecer vantagens significativas, como suporte a dialetos locais, que são fundamentais para atrair consumidores chineses.
A Apple busca seguir o exemplo de outras empresas estrangeiras, como a Samsung, que estabeleceu parcerias estratégicas com gigantes de tecnologia chineses para integrar modelos de IA em seus dispositivos. Em janeiro, a Samsung colaborou com a Baidu para impulsionar serviços de tradução, além de trabalhar com a Meitu para ferramentas de edição de fotos.
Jeff Fieldhack, diretor de pesquisa da Counterpoint, expressou confiança de que a Apple conseguirá fechar uma parceria a tempo do lançamento de seus novos recursos de IA no outono. Ele enfatizou a força da base instalada global da Apple, o que tornaria a colaboração uma oportunidade valiosa para empresas chinesas de IA.
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