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Aquisição e fusão são as novas tendências para startups brasileiras?

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O ecossistema que norteia as startups passou por um período de euforia e grande aprendizado, para chegar agora na fase de consolidação. O tão falado inverno das startups, marcado por demissões em massa, falência de empresas e queda do volume de aportes gerou cautela nos investidores, tornando-os mais exigentes. Apesar deste meio ser pujante e fértil, com oportunidades e muitos desafios ainda a serem solucionados, estamos vendo tanto investidores quanto empreendedores aprendendo a operar em ciclos diferentes, com seus altos e baixos. O desafio é aprender a criar valor em ambos os casos.

Estávamos vivendo um momento de otimismo, com liquidez no mercado e grande volume de capital propiciando inúmeros investimentos. Agora o mercado vê que não era esse o melhor caminho, e em um processo de aprendizagem, está voltando a olhar mais para os fundamentos do empreendedorismo. Os três primeiros meses deste ano registraram uma queda de 86% em novos aportes em startups brasileiras. Foram 91 rodadas realizadas contra 306, em comparação a esse mesmo período de 2022, segundo dados da plataforma Distrito.

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Mas então como fazer o negócio crescer e sobreviver em um cenário turbulento que estamos vivendo atualmente, com alta de juros e uma conjuntura macroeconômica desfavorável dentro e fora do Brasil? O principal desafio está em fazer a gestão de caixa. Hoje, valorizam-se os empreendedores que conseguem tocar negócios rentáveis desde o primeiro momento. É preciso também ficar muito mais atento aos investimentos realizados, porque uma escorregada pode levar à quebra do negócio.

Antes do inverno das startups, era mais fácil captar investimento ou buscar recursos no banco. Hoje, sabemos que isso está muito mais difícil. Com os ativos brasileiros mais baratos, uma opção para as empresas que estão buscando capital é através de fusões e aquisições, e esse movimento seguirá em uma trajetória ascendente, o que demonstra que mesmo com as incertezas do momento, o Brasil segue atrativo no longo prazo.

Outro ponto é saber como tornar o seu modelo de negócios à prova de crises. Quando a economia vai bem, é esperado que qualquer modelo de negócio funcione de forma satisfatória, mesmo que não tenha market fit (que resolve uma dor clara). Isso porque quando as pessoas estão com dinheiro, acabam gastando com superficialidade. Mas quando esse cenário muda, a primeira coisa a ser feita é cortar esses gastos. Então vale se questionar como a sua empresa pode sobreviver em um cenário adverso.

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É importante destacar também que saber como manter o seu time motivado mesmo quando não é possível crescer como antes, também é desafiador. A sua equipe com certeza quer se desenvolver e se aprimorar como profissional e aumentar a sua remuneração, porém a dificuldade está em descobrir como estimulá-los nesse período. A empresa que possui um propósito bem claro, com modelo de negócio que tenha impacto na sociedade, sai na frente.

Por Callebe Mendes, fundador e CEO da Zapay e Forbes Under 30.


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