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Alta valorização das empresas durante a pandemia não deve se sustentar nos próximos meses
A cruel combinação entre alta de juros, escassez da liquidez e um novo patamar de digitalização das empresas têm atingido drasticamente o valor das empresas de tecnologia ao redor do mundo. Nos últimos meses, as ações das principais startups e fintechs têm sofrido quedas consideráveis. Passada a euforia dos últimos dois anos, as empresas do segmento começam a enfrentar ciclos de ajustes para adequar sua estrutura e fluxo de caixa, tornando-se mais atraentes para os investidores.
“Após a antecipação de muitas tendências de consumo no auge da pandemia, essas empresas agora precisam se provar financeiramente saudáveis. O potencial de crescimento em si perde atratividade e dá lugar a resultados e planos de negócio mais maduros e sustentáveis”
afirma Carlos Lobo, sócio do escritório de advocacia norte-americano Hughes Hubbard & Reed LLP.
Para Lobo, a retomada de atividades, ao menos nos Estado Unidos, segue em ritmo gradual e a não há consenso sobre um novo período de investimentos intensos no mercado de tecnologia.
Com os devidos ajustes, companhias de tecnologia podem ser parte importante no mercado de fusões e aquisições durante o segundo semestre de 2022.
“Empresas mais organizadas ou que tiverem seu valor ajustado no mercado poderão se tornar atrativas para potenciais compradores”, explica Lobo.
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