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- Juros médios do cartão de crédito subiram em abril, segundo o Banco Central.
- Taxa do rotativo aumentou 2,2 pontos percentuais, atingindo 423,5% ao ano.
- Juros do parcelado tiveram queda mais modesta, passando de 190,7% para 182,0% ao ano.
- Lei estabelece limite de 100% do principal da dívida para juros do rotativo e parcelado.
- Falta de acordo entre bancos levou ao estabelecimento desse limite no início de 2024.
- Divergência entre taxas divulgadas e limite legal se deve ao método de cálculo das taxas anuais.
- Consumidores geralmente ficam endividados por curtos períodos, onde as taxas são mais altas.
- Destaca-se a importância do monitoramento das práticas dos bancos para garantir a conformidade com a legislação e a proteção dos direitos dos consumidores.
O Banco Central divulgou hoje (27), que os juros médios cobrados pelos bancos no cartão de crédito aumentaram em abril. Segundo os dados, o juro médio total do rotativo subiu 2,2 pontos percentuais em comparação com março, atingindo a marca de 423,5% ao ano. No caso do parcelado, houve uma queda, mas mais modesta, passando de 190,7% para 182,0% ao ano no mesmo período.
É importante ressaltar que, de acordo com uma lei aprovada pelo Congresso, os juros do rotativo e parcelado não podem ultrapassar 100% do principal da dívida, a menos que haja um acordo entre os bancos, validado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como não houve consenso, esse limite entrou em vigor no início deste ano, em 3 de janeiro de 2024.
Apesar disso, os números divulgados pelo Banco Central podem sugerir que os bancos estão descumprindo a lei. No entanto, essa discrepância se deve ao método de cálculo das taxas anuais, que extrapolam os juros mensais cobrados pelas instituições financeiras. Muitas vezes, essas taxas não refletem a realidade completa, já que os consumidores geralmente ficam endividados no cartão por períodos curtos, onde as taxas são mais altas.
Segundo dados do BC, em abril, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas apresentou uma pequena queda de 0,1 ponto percentual, ficando em 40,4% ao ano. Essa taxa foi calculada com base em recursos livres, excluindo os setores habitacional, rural e o BNDES.
Para as operações com empresas, a taxa média de juros subiu de 20,9% ao ano em março para 21,3% ao ano em abril. Já para as operações com pessoas físicas, os juros recuaram de 53,4% ao ano em março para 53% ao ano em abril.
No que diz respeito ao cheque especial para pessoas físicas, a taxa aumentou de 128,1% ao ano em março para 129,9% ao ano em abril de 2024.
Quanto ao volume total do crédito bancário em mercado, houve um aumento de 0,2% em abril deste ano, atingindo R$ 5,89 trilhões. No encerramento do ano anterior, esse volume estava em R$ 5,79 trilhões.
Em relação à inadimplência, a taxa média registrada pelos bancos nas operações de crédito permaneceu estável em 3,2% em abril, sendo o maior patamar desde novembro de 2023, quando estava em 3,4%.
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