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Em momentos de crise, naturalmente os investidores tendem a um movimento mais conservador, e foi exatamente isto que vimos diversas vezes durante o momento pandêmico: uma quebra de confiança por parte do mercado, forte oscilação negativa no mercado acionário, e então, a mágica acontece. Neste momento a renda fixa passa a parecer uma tábua de salvação patrimonial, neste sentido, vamos falar sobre este segmento, e sobre a oferta de CDB do Banco Máxima.
Este segmento com retornos conhecidos pode acalentar muitos investidores em meio a tempestade na renda variável. Entretanto, sempre existe a possibilidade de maus investimentos, e a renda fixa não fica de fora disso, principalmente quando há a promessa de altos rendimentos por parte de instituições instáveis.
No artigo de hoje, vamos falar um pouco sobre a opção dos CDBs de bancos pequenos. Estas instituições costumam pagar uma taxa consideravelmente maior do que as demais, que possuem maior estabilidade ou confiança do mercado.
Por falar em estabilidade e confiança, você já ouviu falar do índice de Basiléia? Ele é muito relevante, pois indica a segurança da instituição a partir do tamanho do capital comparado aos empréstimos que a companhia fez. Este indicador está entre os usados pelo Banco Central, para verificar se cada instituição bancária vai bem.
Dito isto, também vale destacar que cuidados devem ser tomados ao investir em CDBs de bancos pequenos. Isto pelo risco que estas companhias podem vir a apresentar.
Banco Máxima, vale a pena investir?
Entre os pequenos bancos, que indicam a possibilidade de altos ganhos por CDB, está o Banco Máxima. Trata-se de uma companhia que trabalha com carteira comercial, com foco na concessão de crédito imobiliário, que tem sua matriz no Rio de Janeiro, e atua no segmento desde 1973.
Para contextualizar, o Índice de Basileia do Banco Máxima já amargurou 0,5%. Neste sentido, o próprio Banco Central, juntamente ao FGC, precisaram intervir com a troca da gestão da instituição e fomentando uma capitalização.
Entretanto, atualmente o índice do Banco soma 12%, ainda considerado baixo, uma vez que o Banco Central exige o mínimo de 11. Ou seja, neste sentido, o a instituição está na faixa laranja, o que requer atenção.
Já o rating do banco está em 4. Ou seja, a métrica indica o risco de crédito, conforme a capacidade de pagar dívidas da companhia, e neste caso, também não está nos melhores patamares.
Vale destacar que o Banco Máxima vem passando por dificuldades, ainda que siga prometendo rendimentos no CDB de 12% ao ano, enquanto acumula prejuízos.
Quanto à esta instituição, a Nord Research é clara: indica que os investidores evitem seus produtos de renda fixa.
Um caso recente
Além do mais, ainda há a financeira DACASA. Este foi um bom exemplo de companhia presente nas mais diversas plataformas de distribuição dos produtos de renda fixa.
Uma característica desta companhia era o pagamento de altas taxas de juros, como forma de captar público. As altas taxas, como neste caso, podem estar relacionadas à dificuldade das companhias de prospecção de investidores, de forma que taxas elevadas tornam mais interessantes os investimentos.
A financeira usava esta artimanha uma vez que contava com pouca confiança de mercado. Isso pelos altos prejuízos em seu balanço, bem como com o índice de Basiléia em patamares negativos.
Certamente, o final desta história estava evidente aos olhos dos especialistas do mercado financeiro. Acontece que em fevereiro deste ano, o Banco Central decretou a liquidação de todas as operações da DACASA.
Por fim, cabe destacar que toda promessa de rendimentos acima da média requer estudos prévios. Tanto no segmento dos produtos de renda fixa, quanto na renda variável ou cripto ativos. Nesse sentido, o Guia do Investidor tem uma série de artigos informativos que podem contribuir com o seu processo de aprendizado.
Clicando aqui é possível encontrar um artigo completo sobre quais erros não cometer ao investir. Além disso, clicando aqui é possível acessar um artigo sobre fraudes no mercado financeiro em alguns segmentos.
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