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- José Luiz Datena ligou para Jair Bolsonaro enquanto o ex-presidente assistia a um jogo no Estádio Mané Garrincha
- Datena expressou gratidão a Bolsonaro por defender sua honra após o incidente da “cadeirada” com Pablo Marçal durante um debate
- Bolsonaro ficou incomodado com a comparação que Marçal fez entre a cadeirada e a facada que ele sofreu em 2018
- Datena faz a ligação com o objetivo de fortalecer alianças políticas durante a campanha do prefeito Ricardo Nunes para reeleição
Neste domingo (22), o candidato do PSDB em São Paulo, José Luiz Datena, ligou para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma conversa por vídeo, enquanto Bolsonaro assistia à partida entre Vasco e Palmeiras no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Antes da ligação, Datena enviou uma mensagem ao advogado Fábio Wajngarten, que acompanhava Bolsonaro. O tucano expressou sua gratidão pela declaração de apoio de Bolsonaro, que na semana anterior havia defendido Datena em uma entrevista, afirmando que Pablo Marçal (PRTB) havia provocado o candidato e ofendido sua honra durante o debate na TV Cultura, onde ocorreu o incidente da “cadeirada“.
Wajngarten sugeriu que Datena falasse diretamente com Bolsonaro, resultando em uma conversa breve e amistosa. Durante a ligação, Datena agradeceu a solidariedade do ex-presidente.
Bolsonaro, por sua vez, manifestou incômodo com a comparação que Marçal fez entre a cadeirada e a facada que ele sofreu em 2018, ressaltando a gravidade do incidente.
A ligação de Datena foi interpretada como um movimento estratégico, especialmente em meio à campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca apoio para uma possível reeleição. Nunes já está trabalhando para consolidar apoios para um eventual segundo turno contra Guilherme Boulos, do PSOL. A conversa entre Datena e Bolsonaro sinaliza uma abertura para diálogo e colaborações futuras.
Datena reafirma candidatura e afirma “espero ter lavado a alma de milhões” em agressão a Marçal
- José Luiz Datena (PSDB) divulgou uma nota na manhã de segunda-feira (16), reiterando sua candidatura à Prefeitura de São Paulo
- Datena afirmou que agiu em reação às acusações graves feitas por Marçal durante o debate, alegando ter “lavado a alma de milhões de pessoas”
- O candidato do PSDB alegou que as acusações de Marçal revelaram a “falta de caráter” do adversário
José Luiz Datena (PSDB), candidato à Prefeitura de São Paulo, emitiu uma nota na manhã desta segunda-feira (16) reiterando sua candidatura. Além disso, abordando o incidente ocorrido durante o debate promovido pela TV Cultura no dia anterior. Na nota, Datena declarou que espera ter “lavado a alma de milhões de pessoas” ao agredir o candidato Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
Ele justificou o ato afirmando que as acusações feitas por Marçal “diante de milhões de pessoas” foram graves e revelaram a “falta de caráter” do adversário.
Embora tenha afirmado anteriormente que não se arrependia do ataque, Datena recuou em sua posição e admitiu, na nota, que “de alguma forma me arrependo”. Ele expressou o desejo de que o episódio não tivesse ocorrido, mas também afirmou que agiria da mesma forma se a situação se repetisse. Datena reforçou que Marçal representa uma ameaça à cidade e que sua ação foi uma tentativa de “contê-lo”.
Mais cedo, o presidente do diretório municipal do PSDB e candidato a vice-prefeito na chapa com Datena, José Aníbal, garantiu que a candidatura do apresentador permanece inalterada e que o episódio não afetará a campanha tucana.
Confira a seguir a nota divulgada por Datena.
Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.
Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.
Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.
Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.
Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.
As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.
Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.
Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.
Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.
Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.
Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.
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