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O cenário da pandemia promoveu mudanças no empreendedorismo no Brasil, no qual muitas pessoas saíram de seus empregos formais e se viram como empreendedoras, e este panorama se reflete até hoje. Segundo dados do Governo Federal divulgados em setembro, foram abertas 368.175 empresas no país. Na contramão, o fechamento dos novos negócios também avança, afetando 161.064 organizações. E qual o caminho para a estabilidade de um negócio?
Na avaliação do presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (FENACON), Daniel Coêlho, o caminho é a informação. Muitos negócios, especialmente na pandemia, foram abertos por pessoas que, eventualmente, perderam seus empregos e ainda não possuíam conhecimento dos mercados que escolheram.
“É preciso sempre ter um profissional contábil prestando consultoria adequada para a tomada de decisões de forma assertiva no empreendedorismo. São informações geralmente fundamentais para que o empreendedor tome decisões dos produtos, de onde deve investir, como investir, entre outros”, alerta.
Outro fator relevante apontado por Coêlho é que, com a pandemia, o empreendedorismo se descentralizou, podendo ser feito de forma online, ou em qualquer outro lugar.
“Ter essa visão, entender como funciona o mercado que vai investir, e verificar onde está, é fundamental. O mundo digital também facilitou a descentralização do ponto fixo, e isso ajuda muito o empreendedor a crescer e a não fechar negócios”.
Governo é essencial para o pequeno empreendedor
Para além da atuação do novo empreendedor, o especialista defende a necessidade de uma reforma fiscal, pois muitas empresas sofreram um impacto negativo nas suas receitas, formas de vendas ou prestação de serviços.
“Penso que poderia ser um momento no qual a Receita Federal ou o próprio Governo Federal pudessem criar algum tipo de incentivo fiscal para as empresas que tiveram seus impostos atrasados. O governo tomou algumas medidas, como o juros zero em alguns municípios e estados, mas é muito importante a melhoria da questão tributária, com a criação de um parcelamento especial. Isso tudo poderia contribuir de forma positiva para a recuperação e desenvolvimento do mercado”, conclui Coêlho.
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