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Alta do dólar reflete revisão do PIB e do PCE, sinalizando cortes de juros pelo Fed só a partir de junho, impactando mercado.
O dólar observou um notável fortalecimento contra outras moedas principais nesta quarta-feira, impulsionado pela revisão dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Preços para Gastos com Consumo Pessoal (PCE) nos Estados Unidos. Essas atualizações corroboraram a visão de que a economia americana e a inflação permanecem robustas, sugerindo que o Federal Reserve (Fed) pode postergar o início dos cortes de juros para junho.
Dólar Fortalece com Perspectiva de Política Monetária do Fed
A moeda americana registrou um aumento significativo em sua cotação nesta última quarta-feira, em meio a uma conjuntura marcada pela revisão de indicadores econômicos chave dos Estados Unidos. O reajuste nos números do PIB e do PCE jogou luz sobre a resiliente condição econômica e inflacionária do país, pavimentando o caminho para que o Federal Reserve adie a redução da taxa de juros para o segundo semestre do ano.
Essa perspectiva de política monetária mais rígida por um período prolongado alimentou a valorização do dólar em relação a uma cesta de moedas, com o índice DXY registrando uma modesta alta.
O cenário doméstico brasileiro também jogou a favor da escalada do dólar, com a formação da PTAX de fevereiro, a rolagem de contratos de câmbio no mercado futuro, e o clima negativo na bolsa de valores, principalmente devido às incertezas que cercam os futuros dividendos da Petrobras.
O dólar à vista fechou o dia em alta, tocando a marca de R$ 4,9700, após variar entre R$ 4,9430 e R$ 4,9754 ao longo da sessão. No mercado futuro, a valorização também foi evidente, com o dólar para março subindo 0,72%, a R$ 4,9680.
A dinâmica internacional complementou o quadro, com o euro e a libra sofrendo desvalorizações frente ao dólar, refletindo a fortaleza da moeda americana em um contexto de expectativas de política monetária e econômica.
Tecnologia e Comunicação Lideram Perdas em Wall Street
Em uma sessão de altos e baixos, as bolsas em Nova York lutaram por uma recuperação, mas encerraram o dia no vermelho, influenciadas pela revisão do PIB do quarto trimestre nos Estados Unidos, que revelou um crescimento menor do que o esperado. Essa atualização econômica trouxe um sinal de alerta para o mercado, levando a uma retração, especialmente nos setores mais sensíveis a expectativas de crescimento econômico, como tecnologia e serviços de comunicação.
Empresas como Nvidia e Alphabet estiveram no centro das atenções, com quedas de 1,32% e 1,91%, respectivamente. Essas baixas contribuíram para o desempenho negativo do Nasdaq, que fechou a sessão com um recuo de 0,55%. O Dow Jones e o S&P 500 não ficaram muito atrás, registrando quedas modestas, mas significativas para os investidores.
A movimentação dos mercados foi acompanhada por uma queda nos rendimentos dos Treasuries, um indicador do sentimento de risco no mercado. Especificamente, o rendimento do T-bond de 30 anos caiu, assim como o das T-notes de 2, 5 e 10 anos. Essa retração nos juros sinaliza uma busca por ativos considerados mais seguros, refletindo a incerteza dos investidores diante do cenário econômico atual.
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