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Dólar dispara com risco fiscal; mercado preocupado com déficit

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Dólar dispara devido à nova política industrial e incertezas fiscais; mercado preocupado com déficit.

Nesta segunda-feira, o dólar teve uma alta expressiva em relação ao real devido à crescente preocupação do mercado com a situação fiscal do país. A causa principal foi o anúncio de uma nova política industrial pelo governo, que prevê um investimento de R$ 300 bilhões até 2026, com grande parte financiada pelo BNDES.

Esse plano foi recebido com ceticismo, pois lembrou medidas passadas que geraram gastos sem resultados satisfatórios na economia. Além disso, a incerteza em torno da meta fiscal de déficit zero deste ano e a falta de solução para a MP da reoneração da folha contribuíram para a disparada do dólar.

Mercado reage com preocupação à nova política industrial e incertezas fiscais

O mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de turbulência nesta segunda-feira, com o dólar disparando frente ao real devido à crescente percepção de risco fiscal. A principal causa dessa reação foi o anúncio do governo de uma nova política industrial, com previsão de investimento de R$ 300 bilhões até 2026, sendo que grande parte desse montante será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No entanto, o mercado reagiu com ceticismo a essa iniciativa, visto que ela evocou lembranças de medidas semelhantes tomadas em governos anteriores, que resultaram em despesas significativas, mas não produziram os resultados econômicos esperados. Isso gerou preocupações sobre a capacidade do governo de controlar as contas públicas e atingir a meta fiscal de déficit zero neste ano.

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Além disso, as negociações políticas também contribuíram para o clima de incerteza. Rumores de que o ministro Fernando Haddad e o presidente da Câmara, Arthur Lira, não conseguiram chegar a um acordo em relação à Medida Provisória da reoneração da folha de pagamento aumentaram a apreensão dos investidores.

No cenário internacional, as moedas emergentes também enfrentaram desafios, já que o Banco Central da China optou por manter as taxas de juros inalteradas, surpreendendo o mercado, que esperava novos estímulos econômicos.

Em meio a esse panorama negativo, o dólar à vista fechou o dia com uma alta de 1,23%, atingindo o patamar de R$ 4,9873. O dólar futuro para fevereiro também subiu 1,12%, chegando a R$ 4,9940. Esse cenário incerto se refletiu nos mercados internacionais, com o índice DXY apresentando uma leve alta de 0,04%, enquanto o euro e a libra operaram com variações modestas em relação ao dólar dos Estados Unidos.

Recordes nos índices refletem otimismo dos investidores com resultados corporativos e perspectiva econômica

A sessão desta segunda-feira nas bolsas de Nova York foi marcada por um otimismo palpável entre os investidores, à medida que os índices Dow Jones e S&P500 alcançaram novos recordes intraday e de fechamento. Esse entusiasmo foi alimentado pela temporada de balanços que está em andamento, com ativos de empresas ligadas à tecnologia destacando-se no pregão devido às perspectivas relacionadas à inteligência artificial.

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O Dow Jones registrou um ganho de 0,36%, atingindo os impressionantes 38.001,81 pontos, um marco histórico na sua trajetória. Da mesma forma, o S&P500 ganhou 0,22%, encerrando o dia com um recorde de 4.850,43 pontos. O índice Nasdaq também experimentou um aumento de 0,32%, alcançando os 15.360,29 pontos.

Um destaque notável foi o desempenho das ações da Stone, que, após uma forte alta pela manhã, registraram um ganho de 1,76% no fechamento. Esse movimento ocorreu após o Goldman Sachs elevar a recomendação das ações da empresa de neutra para compra, impulsionando o interesse dos investidores.

Além do cenário favorável relacionado aos resultados corporativos, os investidores estão animados com a perspectiva de um “pouso suave” na economia norte-americana, que implica em uma desaceleração gradual e controlada. Com a expectativa da divulgação do PIB final de 2023 na próxima quinta-feira, os mercados permanecem atentos às tendências econômicas, enquanto continuam a desfrutar das altas nos índices de referência.

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