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O dólar sobe na abertura, a R$ 5,1644 (+0,21%), em linha com o desempenho ante a maioria das moedas. O DXY sobe 0,10% (104,543) em meio à aversão ao risco global por medo da recessão antes do testemunho do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que pode fornecer mais pistas sobre a trajetória de aperto monetário do banco central dos Estados Unidos.
Ademais, o mercado espera falas de outros membros do BC americano ao longo do dia.
Na B3, às 9:39 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a 5,1780 reais.
A movimentação estava alinhada ao desempenho internacional do dólar, cujo índice frente a uma cesta de moedas fortes tinha leve alta nesta quarta-feira. As divisas de Austrália, Chile e África do Sul, pares arriscados que o real costuma acompanhar, registravam baixa no dia.
Guilherme Esquelbek, analista da Correparti Corretora, citou um retorno dos mercados internacionais ao mau humor visto na semana passada, com as principais bolsas de valores do mundo operando no vermelho nesta manhã “em meio a temores sobre uma possível recessão não apenas nos Estados Unidos, mas na economia global”.
A atividade econômica começou a preocupar os mercados de forma mais expressiva depois que o Federal Reserve endureceu sua postura de política monetária. Há exatamente uma semana, o banco central norte-americano elevou seus juros básicos no ritmo mais intenso desde 1994, em 0,75 ponto percentual, numa tentativa de domar a maior inflação em décadas.
Mais cedo, o CPI do Reino Unido bateu máximas de 40 anos, a 9,1%, com aumentos generalizados, o que enfraqueceu a libra (-0,27%). Na busca por ativos seguros, os rendimentos dos Treasuries recuam (note de 10 anos a 3,20%, de 3,28%) e, aqui, os juros futuros acompanham em queda moderada, com petróleo recuando forte e o investidor monitorando riscos fiscais diante das incertezas sobre a Petrobras.
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