Consumo festivo

São João aquece o consumo: brasileiros prometem abrir a carteira nas festas juninas de 2025

Comemorações movimentam bilhões em junho e impulsionam o comércio e o turismo nas regiões mais tradicionais.

Crédito: Depositphotos
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  • 82% dos brasileiros devem participar das festas juninas, com destaque para eventos gratuitos e familiares.
  • Quatro em cada dez pessoas planejam investir mais de R$ 200, reforçando o apelo da tradição.
  • Festividades podem movimentar até R$ 7,4 bilhões, com forte peso no comércio, turismo e alimentação.

As festas juninas continuam sendo um dos eventos mais aguardados do calendário popular brasileiro e também um dos mais movimentados economicamente. De acordo com levantamento do Instituto Locomotiva e da QuestionPro, quatro em cada dez brasileiros devem gastar mais de R$ 200 durante os festejos deste ano. Sendo assim, o dado reforça a força das comemorações típicas, especialmente nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste, onde a tradição é mais marcante.

A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas em todo o país. Nesse sentido, o estudo mostra que 82% dos brasileiros pretendem participar de alguma atividade relacionada aos festejos de São João, Santo Antônio ou São Pedro. As projeções econômicas acompanham esse interesse: estimativas indicam que os eventos podem movimentar até R$ 7,4 bilhões, com impacto direto no comércio, turismo e entretenimento.

Gasto elevado e retomada da tradição

O dado mais surpreendente da pesquisa é a disposição das famílias em investir nas festas juninas. Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que gastarão acima de R$ 200 com alimentos, bebidas, trajes típicos e ingressos. Outros 52% disseram que pretendem limitar os custos a até R$ 200, enquanto apenas 7% não devem gastar nada.

Além disso, essa tendência aponta para uma retomada do consumo após anos de restrição, além de confirmar o espaço central que o São João ocupa na cultura brasileira. Embora muitas famílias mantenham o controle orçamentário, há um público disposto a priorizar as festividades mesmo diante do cenário econômico apertado.

Desse modo, em regiões como o Nordeste, a festa ultrapassa o aspecto cultural e se torna um importante motor para o turismo. Portanto, municípios como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) se destacam por atrair visitantes de todo o país, o que reforça a circulação de renda.

Onde e como os brasileiros vão comemorar

O levantamento mostra ainda os locais preferidos para celebrar o São João. A maioria dos entrevistados (51%) afirmou que pretende participar de festas de rua, mas sem pagar entrada. Essa escolha reflete o desejo de vivenciar a experiência coletiva sem comprometer o orçamento.

Ademais, outros 41% disseram que devem comparecer a festas organizadas por amigos ou parentes. Já 37% apontaram que pretendem ir a quermesses e eventos organizados por igrejas. Essa diversidade nos formatos de comemoração revela a adaptabilidade da festa aos diferentes perfis sociais e econômicos.

Em suma, ainda que o apelo comercial das festas cresça, o aspecto comunitário segue firme. A tradição de dançar quadrilha, usar trajes típicos e consumir comidas juninas continua sendo o maior atrativo para grande parte da população.

Roupas, comidas e turismo em alta

Segundo projeções encomendadas pela CNN, os festejos juninos devem movimentar até R$ 7,4 bilhões em 2024. O setor de alimentos responde por boa parte desse valor, seguido pelo comércio de roupas e acessórios.

Além disso, o turismo regional também ganha força neste período, já que muitas pessoas viajam para o interior em busca das grandes celebrações. A economia criativa local — que envolve desde costureiras a pequenos produtores rurais — também é impulsionada.

Portanto, o crescimento desse mercado sazonal, portanto, não se restringe aos grandes centros urbanos, mas beneficia diretamente comunidades menores, que mantêm viva a tradição e ainda colhem os frutos econômicos do período.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.