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- Enauta propõe fusão com a 3R, visando criar um gigante no setor petrolífero.
- Sinergias estimadas em mais de US$ 1,5 bilhão prometem impulsionar a nova entidade.
- Produção diária combinada projetada para superar 84 mil barris em 2024 e atingir 120 mil barris em 2025.
- Reservas 2P ultrapassam os impressionantes 700 milhões de barris.
- Controle financeiro cuidadoso prevê alavancagem controlada de 1,4x EBITDA.
- Proposta de relação de troca favorece acionistas da 3R, oferecendo 53% da nova empresa.
- Interrupção das negociações entre 3R e PetroRecôncavo destaca a confiança da Enauta em sua proposta.
- Potencial re-rating da empresa combinada no mercado, aproximando-se dos múltiplos da Prio.
- Visão ambiciosa promete benefícios tangíveis em produção, reservas, estabilidade financeira e valorização para os acionistas.
A Enauta enviou uma proposta para uma fusão estratégica com a 3R, delineando uma transação que, segundo fontes internas, tem o potencial de gerar mais de US$ 1,5 bilhão em sinergias, esboçando assim um cenário promissor para a criação de um gigante no setor petrolífero.
Combinadas, as duas petroleiras projetam uma produção diária expressiva, ultrapassando a marca de 84 mil barris em 2024 e apontando para 120 mil barris em 2025, beneficiando-se de campos tanto onshore quanto offshore. Além disso, as reservas 2P propostas superam a marca impressionante de 700 milhões de barris, evidenciando um potencial considerável para a nova entidade.
Um aspecto crucial dessa proposta é o controle financeiro cuidadosamente planejado, visando uma alavancagem da nova empresa mantida em um patamar controlado de 1,4x EBITDA. Tal equilíbrio é possível devido à sólida posição de caixa líquido da Enauta e à dívida líquida de aproximadamente US$ 1,4 bilhão da 3R. Esse arranjo estratégico visa a sustentar a saúde financeira da entidade combinada, garantindo estabilidade e capacidade de investimento.
No que diz respeito à estrutura de participação acionária, a Enauta propõe uma relação de troca que favorece os acionistas da 3R, oferecendo a eles 53% da nova empresa, enquanto os da Enauta ficariam com os restantes 47%. Esta proporção inclui um prêmio de 12% sobre o valor de mercado da 3R no fechamento do dia da oferta, destacando o valor que a Enauta atribui à parceria proposta.
“Vemos a proposta como positiva para a 3R principalmente porque fortalece a posição de negociar da empresa com ambos os potenciais parceiros, além de implicar um prêmio ao seu atual valor de mercado e ter o potencial de desbloquear sinergias”
Declaração de analistas do Safra em relatório a clientes
A proposta da Enauta interrompe as negociações em andamento entre a 3R e a PetroRecôncavo, que anteriormente haviam acenado com a ideia de fusão. Embora essa mudança possa representar um desafio para a 3R e suas negociações anteriores, evidencia também a convicção da Enauta na viabilidade e atratividade de sua proposta.
Além disso, a transação proposta tem o potencial de desencadear um re-rating (reclassificação no mercado de ações) significativo da empresa combinada no mercado, à medida que os investidores reconhecem os benefícios de escala e sinergias resultantes. Isso poderia levar os múltiplos de avaliação da nova entidade a se aproximarem do valor observado na Prio, uma referência no setor. Enquanto a Prio atualmente negocia a 12,4x EV/reservas 2P, a 3R negocia a 5,7x e a Enauta a 7x, sugerindo um espaço considerável para valorização.
Vicente Falanga e Gustavo Sadka, do Bradesco BBI, disseram a reportagem do jornal Valor Econômico, argumentam que a proposta faz bastante sentido e deve fazer com que o conselho da 3R Petroleum fique balançado. Eles acreditam que há potencial de sinergias maior do que na operação da Maha Energy.
Em resumo, a proposta da Enauta para uma fusão com a 3R não só apresenta uma visão ambiciosa para o futuro do setor petrolífero, mas também promete benefícios tangíveis em termos de produção, reservas, estabilidade financeira e potencial de valorização. A execução bem-sucedida dessa transação poderia moldar o cenário competitivo do setor e gerar valor significativo para os acionistas de ambas as empresas envolvidas.
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