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O Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,50% em fevereiro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando variara 2,01%. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,55% no ano e 15,35% em 12 meses. Em fevereiro de 2021, o índice havia subido 2,71% e acumulava elevação de 29,95% em 12 meses.
“Os efeitos da recente escalada do preço do petróleo ainda não se materializaram entre os combustíveis, cujos preços são controlados, ou mesmo sobre a indústria química. Além disso, o preço do minério de ferro (de 11,33% para -0,10%) cedeu e permitiu a desaceleração da taxa do IPA. Ao longo do mês de março, os preços de vários derivados do petróleo devem apresentar aumentos impondo maior dificuldade a desaceleração do IGP”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,94% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia apresentado alta de 2,57%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,92% em janeiro para 1,73% em fevereiro.
O principal responsável por este avanço foram os alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,12% para 13,03%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,91% em fevereiro, contra 1,01% em janeiro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,13% em janeiro para 1,31% em fevereiro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 3,97% para -2,58%.
O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,42% em fevereiro, após subir 1,98% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,76% em fevereiro, ante 4,42% em janeiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (5,55% para 10,16%), suínos (-15,85% para 0,79%) e aves (-3,82% para 0,39%).
Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (11,33% para -0,10%), milho em grão (8,40% para 4,92%) e bovinos (1,78% para -0,75%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,28% em fevereiro, contra 0,49% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,64% para -0,51%), Vestuário (0,76% para 0,33%), Comunicação (0,53% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,03% para -0,12%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,08%).
Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (6,47% para 0,00%), calçados (1,03% para 0,21%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,88% para 0,18%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,44% para -0,50%) e conselho e associação de classe (2,14% para 0,68%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,13% para 0,33%), Alimentação (1,15% para 1,20%) e Transportes (0,04% para 0,07%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-1,76% para -0,73%), arroz e feijão (-1,24% para 0,58%) e licenciamento — IPVA (1,63% para 3,83%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,56% em fevereiro, ante 0,62% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,17%, linha de corte inferior, e 10 registraram variações acima de 1,30%, linha de corte superior.
O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 73,87%, 2,26 pontos percentuais acima do registrado em janeiro, quando o índice foi de 71,61%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,38% em fevereiro, ante 0,71% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,08% para 0,28%), Serviços (1,39% para 1,66%) e Mão de Obra (0,26% para 0,25%).
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