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- A Fluxus, empresa de óleo e gás dos empresários Joesley e Wesley Batista, anunciou, contudo, um investimento de US$ 100 milhões na Bolívia até 2028
- Com isso, a produção diária da Fluxus aumentará significativamente, de 100 mil metros cúbicos para 1,1 milhão de metros cúbicos de gás
- Além da Fluxus, os empresários Wesley e Joesley Batista controlam, portanto, a J&F Investimentos, um conglomerado que abrange empresas como JBS (JBSS3) e Âmbar Energia
Nesta terça-feira (9), a Fluxus, empresa de óleo e gás dos empresários Joesley e Wesley Batista, anunciou um investimento de US$ 100 milhões na Bolívia até 2028. O foco será ampliar a produção de gás natural nos campos Tacobo, Tajibo e Yacuiba. Estes, localizados na bacia Tarija-Chaca. Com isso, a produção diária da Fluxus aumentará significativamente, de 100 mil metros cúbicos para 1,1 milhão de metros cúbicos de gás.
Criada em 2023, a Fluxu, dessa forma, adquiriu recentemente a Pluspetrol Bolívia, proprietária dos três campos de gás. A empresa está na fase final de transição operacional e se prepara para operar o campo Centenario, localizado em Neuquén, na Argentina.
“Com este passo, a Fluxus aproveita a reserva disponível e a posição estratégica da Bolívia para atender a demanda por gás na região, inclusive dos outros negócios do grupo J&F”, aponta o presidente da companhia, Ricardo Savini, em nota.
Além da Fluxus, os empresários Wesley e Joesley Batista controlam a J&F Investimentos, um conglomerado que abrange empresas como JBS (JBSS3) e Âmbar Energia. Isto, além de negócios em celulose, mineração, finanças, higiene e cosméticos. Recentemente, a Âmbar Energia se tornou uma das principais geradoras termelétricas do Brasil ao adquirir um conjunto de usinas a gás natural da Eletrobras, como parte de uma série de outras aquisições da empresa nesse setor.
A Fluxus, contudo, também está considerando investir em novas áreas de exploração de gás na Bolívia, afirmou a empresa.
“Também seguimos prospectando investimentos na Argentina, no Peru e na Venezuela, sempre na direção de nos consolidarmos como uma plataforma sul-americana de óleo, gás e energia”, confirma Savini.
Lula irá perdoar R$ 1 bilhão em dívidas dos irmãos Batista
Técnicos do Ministério de Minas e Energia estão explorando opções para isentar uma empresa ligada aos irmãos Joesley e Wesley Batista de uma multa de R$ 1 bilhão. Segundo apurado, a iniciativa, liderada pelo ministro Alexandre Silveira, visa negociar um acordo com a Âmbar Energia. Esta, subsidiária do grupo J&F, para evitar o pagamento integral da multa relacionada ao não fornecimento de energia. Ainda, adquirida de forma emergencial durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu por unanimidade arquivar o processo que buscava um acordo nesse sentido. No entanto, o ministério tem autonomia para prosseguir com as negociações independentemente da posição do TCU. Com a ausência de um acordo pelo TCU, a empresa enfrenta a opção de pagar a multa na íntegra ou recorrer ao sistema judicial, o que poderia prolongar o caso por anos. Em resposta, o ministério optou, portanto, por retomar as discussões. O governo conduz, portanto, discretamente as tratativas para evitar controvérsias, especialmente por envolver os irmãos Batista.
Se confirmada, essa será a quarta medida consecutiva do governo Lula em benefício de empresários que tiveram destaque, contudo, nos dois primeiros mandatos. Mas estavam “afastados dos holofotes” desde sua prisão pela Operação Lava Jato, envolvendo, no entanto, acusações de ganhos ilegais no mercado financeiro. Além do pagamento de propina.
Retorno de Lula X Irmãos Batista
Desde o retorno de Lula, os irmãos Batista já obtiveram conquistas significativas:
- Autorização do Ministério da Educação para o Instituto J&F abrir uma universidade
- Aprovação de uma medida provisória que permite à concessionária Amazonas Energia quitar dívidas com termelétricas recentemente adquiridas pela Âmbar. Dessa forma, conforme revelado pela colunista Malu Gaspar no jornal O Globo
- Convite do presidente Lula para integrar o “Conselhão”, grupo que reúne empresários, contudo com “autonomia para aconselhar o governo”
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