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Fundos de baixa volatilidade e sem risco de crédito privado atraem investidores e captam R$ 23,37 bi no ano

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Os casos envolvendo as perdas dos fundos de investimentos por conta da exposição ao crédito privado, como Americanas e Light, têm provocado o mercado e lançado luz sobre opções que não exibem este tipo de risco, contam com baixa volatilidade e rentabilidade alinhada ao CDI. É o que mostra o levantamento realizado pela plataforma Comdinheiro. No ano, os fundos com este perfil captaram R$ 23,37 bilhões até 23 de junho, contrastando com a indústria como um todo que, segundo a Anbima, vem registrando mais resgates do que aportes e acumula uma perda de R$ 205 bilhões no ano.

A pesquisa da Comdinheiro analisou o desempenho de 128 fundos de investimentos, dos 25 mil existentes e, para chegar neste número, utilizou como métricas: volatilidade anualizada abaixo de 0,5%, número mínimo de 500 cotistas, além de zero exposição ao crédito privado.

“Estamos vendo o investidor mais seletivo, buscando opções no mercado que deem rentabilidade alinhada ao CDI, com baixo risco e que não exibam sobressaltos de rentabilidade”, afirma o diretor da Comdinheiro, Filipe Ferreira.

A migração está relacionada às perdas recentes no mercado dos fundos que contém crédito privado em suas carteiras. Dados de mercado dão conta que 26 fundos de crédito com cerca de 3 milhões de cotistas tiveram perdas somente com a desvalorização dos títulos da Light. “Estes milhões de investidores foram pegos de surpresa, sofrendo as consequências dos riscos assimétricos assumidos pelos gestores, o que prejudica a confiança da indústria como um todo e tem levado à migração”, lembra o gestor da Trópico Investimentos, Fernando Camargo Luiz. Pelo regulamento, os fundos DI e gestores têm autorização para alocar até 10% dos recursos em crédito privado corporativo e o risco é apresentado como “estatístico”, mas acabam apresentando uma assimetria na relação risco e retorno, o que leva os cotistas a perdas.

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Fundos Caixa

Na contramão destas perdas estão os chamados fundos caixa, que evitam o crédito privado nas carteiras e têm sido o destino dos investimentos. A maioria dos fundos deste tipo está categorizada na renda fixa, mas existem cinco classificados como multimercados. É o caso do Trópico Cash Plus FIM, que aparece na quarta colocação do ranking da Comdinheiro, acumulando rentabilidade de 6,93% nos seis primeiros meses do ano. Lançado em setembro do ano passado, o fundo tem superado o CDI e registrado captação positiva mês a mês, somando mais de R$ 200 milhões de patrimônio líquido. Além da rentabilidade e baixo risco, atraem o investidor a liquidez. Os recursos podem ser sacados em D+2, ou seja, 2 dias após o pedido de resgate sem carência.

“O fundo tem sido reconhecido pelo mercado como uma excelente opção para investidores que procuram aplicar recursos líquidos, com retorno superior ao CDI, incorrendo em zero nível de exposição ao risco de crédito privado corporativo e baixa volatilidade. Atende tanto pessoas físicas, quanto outros fundos e empresas que procuram opções para alocarem seu caixa de curto prazo”, diz Camargo Luiz. 

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