Os fundos de índice negociados em bolsa, conhecidos como ETFs, estão ganhando popularidade entre os investidores como uma forma fácil e econômica de diversificar seus portfólios de investimento. Veja então, no texto a seguir, os melhores e mais baratos ETFs americanos para investir em 2024.
O que são ETFs?
Em primeiro lugar, os ETFs surgiram no Canadá no início dos anos 90. Neste período, surgiu um dos primeiros, chamado Toronto 35 Index Participation Units (TIPs 35), na Bolsa de Toronto. Ele seguia o desempenho do Índice TSE-35. No entanto, foi em 1993 que apareceu o SPY (Spider), o primeiro ETF como conhecemos agora, criado pela State Street Global Advisors para seguir o S&P 500, um dos principais índices dos EUA.
Sendo assim, com o tempo, o número de ETFs aumentou muito. Então hoje, há mais de 3 mil deles nos EUA, com um valor de mercado de quase 7 trilhões de dólares.
Explicando melhor o que são ETFs
Um ETF, ou Fundo de Investimento Negociado na Bolsa, é basicamente um tipo de fundo que você pode comprar e vender na bolsa de valores, parecido com as ações. Porém, ao invés de comprar uma parte de uma única empresa, ao adquirir um ETF, você investe em um grupo de ativos, como se fosse uma cesta cheia de diferentes investimentos. Isso ajuda a espalhar o risco, porque você não depende do sucesso de apenas um ativo, e também já diversifica seus investimentos desde o começo.
Geralmente, os ETFs tentam seguir o desempenho de índices específicos, como um conjunto de ações de várias empresas de um mesmo setor. Eles não tentam adivinhar quais ações vão subir mais e tomar decisões com base nisso. Em vez disso, a ideia é simplesmente espelhar o índice, mantendo os investimentos alinhados com ele. Isso é chamado de gestão passiva. Assim, neste tipo de gestão, o gestor do fundo segue uma regra clara de investimento, sem ficar mudando os ativos constantemente à procura de melhores resultados.
Exemplos, gestão de ETFs americanos
Por exemplo, se um ETF é feito para seguir o índice S&P 500. Este índice é uma lista das 500 maiores empresas dos EUA. O gestor do fundo vai comprar as mesmas ações que estão nesse índice, na mesma proporção. Assim, o desempenho do ETF deve ser muito parecido com o do índice.
Nos EUA, também existem ETFs que são geridos de forma ativa. Isso significa que o gestor tenta escolher ações para tentar conseguir um rendimento melhor do que o índice que estão seguindo.
Cada ETF então tem um documento que explica como ele funciona, chamado de “política de investimento”. Lá, os investidores encontram as regras e os limites dentro dos quais o fundo pode operar.
As maiores empresas de gestão de investimentos do mundo gerenciam a maioria dos ETFs que as pessoas compram e vendem nos Estados Unidos. Algumas dessas empresas incluem a BlackRock, conhecida por sua linha de ETFs iShares, além da Vanguard, State Street Global Advisors e Invesco.
ETFs americanos: Como investir nos EUA sem sair do Brasil com ETFs
Se você está interessado em investir no mercado americano sem sair do Brasil, os ETFs americanos listados na Bolsa de Valores do Brasil (B3) podem ser uma boa opção. Estes fundos permitem que você tenha uma parcela do mercado dos EUA em sua carteira de investimentos.
Quando você coloca seu dinheiro em ETFs americanos na B3, ele continua no Brasil. O dinheiro dos investidores nesses ETFs é usado para comprar ativos nos Estados Unidos, como ações americanas ou contratos que acompanham o dólar, mas tudo isso é gerenciado aqui mesmo, no Brasil.
Dessa forma, os investimentos que você faz através de uma corretora brasileira são registrados na B3. Isso significa que, oficialmente, você tem participação em um ETF que opera no Brasil, não diretamente nos Estados Unidos. É uma forma de investir nos EUA, mas com a facilidade de fazer tudo conforme as regras e o mercado brasileiros.
Além disso, comprar cotas de um ETF não significa que você está colocando dinheiro novo no fundo; você está comprando uma parte do que já existe. Novo dinheiro só entra no fundo se novas cotas são emitidas.
Muitos desses ETFs funcionam como Fundos de Investimentos em Ações (FIAs), ou seja, você compra cotas que dão direito a uma parte dos lucros gerados pela carteira de ações que o fundo possui. A maioria desses ETFs tem uma gestão passiva, buscando seguir o desempenho de determinados índices americanos ao longo do tempo.
EFTs Americanos
Aqui está uma lista simplificada dos melhores ETFs com foco nos Estados Unidos disponíveis para compra na Bolsa de Valores do Brasil (B3). Cada um tem um código que você usa para encontrá-lo na bolsa e segue um índice específico, que é como uma lista de investimentos que o ETF tenta imitar.
- IVVB11, SPXI11, SPXB11 – Todos seguem o S&P 500, um índice com as 500 maiores empresas dos EUA.
- NASD11 – Segue o Nasdaq 100, focado em tecnologia e inovação.
- DNAI11 – Investe em empresas de inovação genômica nos EUA.
- MILL11 – Focado em empresas que atraem a geração millennial.
- HTEK11 – Acompanha empresas de saúde dos EUA.
- REVE11 – Investe em empresas americanas com receitas sustentáveis.
- TECK11 – Concentra-se em grandes empresas de tecnologia.
- SHOT11 – Segue empresas inovadoras com potencial de crescimento rápido.
- USTK11, UTEC11 – Ambos focam em tecnologia da informação nos EUA.
- YDRO11 – Investe em empresas de hidrogênio.
- WRLD11 – Abrange empresas de todos os tamanhos ao redor do mundo.
- ALUG11 – Focado em imóveis nos EUA.
- ESGU11 – Segue empresas americanas com práticas sustentáveis e de governança.
- 5GTK11 – Investe em empresas ligadas à tecnologia 5G.
- PEVC11 – Focado em gestores de ativos alternativos nos EUA.
- SVAL11 – Acompanha empresas menores dos EUA consideradas de ‘valor’.
- URET11 – Investe em fundos de investimento imobiliário nos EUA.
- USDB11 – Focado em títulos de dívida dos EUA.
- 21. UTEC11 – Similar ao USTK11, foca em tecnologia da informação.
Esses ETFs dão uma chance de diversificar os investimentos, com opções que vão desde tecnologia até imóveis e sustentabilidade.
ETFs americanos 2024
Agora, separamos então uma explicação simplificada sobre alguns dos melhores ETFs americanos disponíveis na B3.
IVVB11
- Lançado: 2014
- Gestora: BlackRock
- Patrimônio: Mais de R$5 bilhões
- Investimento: 99,9% em cotas do ETF americano IVV, que segue o S&P 500.
- Retorno: Mais de 400% desde o lançamento.
- Taxa de Administração: 0,23% ao ano.
SPXI11
- Objetivo: Replicar o desempenho do S&P 500.
- Investimento: Mínimo de 95% em cotas do VOO S&P 500.
- Lançamento: 2015
- Valorização: Mais de 300%.
- Taxa de Administração: 0,21% ao ano.
SPXB11
- Administradora: BTG Pactual Asset Management
- Lançamento: Setembro de 2021
- Objetivo: Seguir o S&P 500.
- Taxa de Administração: 0,20% ao ano.
NASD11
- Objetivo: Replicar o Nasdaq-100, incluindo empresas como Apple e Google.
- Lançamento: Junho de 2021
- Taxa de Administração: 0,30% ao ano.
DNAI11
- Objetivo: Investir no índice MSCI USA IMI Genomic Innovation.
- Investimento: Até 95% em mercado futuro de dólar; 5% em outros ativos.
- Taxa de Administração: 0,50% ao ano.
MILL11
- Objetivo: Seguir o índice MSCI USA IMI Millennials Select 50.
- Lançamento: Junho de 2021
- Taxa de Administração: 0,50% ao ano.
HTEK11
- Objetivo: Replicar o índice MorningStar US Healthcare Exponential Technologies.
- Taxa de Administração: 0,50% ao ano.
REVE11
- Objetivo: Acessar 50 empresas do índice Russell 1000 Green Revenues.
- Taxa de Administração: 0,50% ao ano.
Outros ETFs
- SVAL11: Foca em pequenas empresas americanas de valor, taxa de 0,45% ao ano.
- TECK11: Acompanha o índice NYSE Fang+, taxa de 0,25% ao ano.
- SHOT11: Segue o índice S&P Kensho Moonshots, taxa de 0,50% ao ano.
- USAL11: Investe em grandes empresas americanas, taxa de 0,16% ao ano.
- USTK11: Replica o Vanguard Information Technology, quase US$50 bilhões sob gestão.
- YDRO11: Foca em empresas de hidrogênio, taxa de 0,50% ao ano.
- WRLD11: Segue o Vanguard Total World Stock, taxa de 0,38% ao ano.
- ALUG11: Replicar o Vanguard Real Estate, foco em REITs, início em novembro de 2021.
- ESGU11: Acompanha empresas com práticas de ESG, taxa de 0,30% ao ano.
Dessa forma, cada ETF tem um objetivo específico, seja acompanhar um índice, investir em um setor específico ou seguir práticas sustentáveis, oferecendo diferentes taxas de administração e estratégias de investimento.
Para os ETFs de mercados americanos mencionados neste artigo e negociados no Brasil, os dividendos recebidos são automaticamente reinvestidos pelo Fundo. Assim, esse processo ajuda a fortalecer as posições do fundo e, consequentemente, é refletido no valor da cota.
Como funcionam os ETFs?
Imagine um ETF como se fosse uma ação que você pode comprar e vender ao longo do dia na bolsa de valores. Ele possui um código específico que permite acompanhar seu preço em tempo real.
Diferentemente das ações de uma única empresa, a quantidade de ações de um ETF disponíveis no mercado pode mudar diariamente. Isso porque é possível criar mais ações do ETF ou até mesmo retirar algumas de circulação. Então, essa capacidade de ajuste ajuda a garantir que o preço do ETF esteja sempre próximo do valor dos investimentos que ele representa.
Os ETFs são feitos tanto para investidores comuns quanto para os grandes investidores, chamados institucionais. Esses grandes investidores são importantes porque ajudam a manter os ETFs líquidos, ou seja, fáceis de comprar e vender. Além disso, asseguram que o preço do ETF reflita corretamente o valor dos ativos que estão por trás dele.
Tipos de ETFs que você pode encontrar:
- ETFs de Índice: Eles seguem índices como o S&P 500 ou o NASDAQ. Basicamente, ao investir neles, você aposta no desempenho de várias empresas juntas.
- ETFs de Renda Fixa: Oferecem a chance de investir em dívidas do governo, de empresas, de outros países ou até em dívidas que pagam mais juros por serem mais arriscadas.
- ETFs de Setor/Indústria: Permitem focar em áreas específicas da economia, como tecnologia, saúde ou energia, facilitando investir em um ramo de negócio sem escolher ações uma a uma.
- ETFs Multiativos: Misturam vários tipos de investimentos, como ações e títulos, em um único pacote, oferecendo uma carteira pronta e diversificada.
- ETFs de Commodities: Seguem o preço de matérias-primas, como ouro, óleo ou grãos. São uma maneira de investir nesses recursos sem precisar comprar o produto físico.
- ETFs de Estilo: Concentram-se em estilos de investimento ou tamanhos de empresa específicos, como companhias grandes e estáveis ou pequenas e em crescimento.
- ETFs Gerenciados Ativamente: Diferente da maioria, esses não tentam apenas copiar um índice, mas sim superá-lo, com uma equipe escolhendo os investimentos para tentar obter o melhor resultado possível.
Cada tipo tem um objetivo diferente, então é bom conhecer as opções para escolher o melhor para o seu plano de investimento.
Vantagens e desvantagens dos ETFs explicadas de forma simples:
Sendo assim, entender esses pontos pode te ajudar a decidir se ETFs combinam com o seu estilo de investimento.
Vantagens – ETFs Americanos
- Diversificação: Com os ETFs, você investe em muitos ativos diferentes ao mesmo tempo. Isso espalha o risco, ao invés de colocar todo o seu dinheiro em uma única empresa ou setor.
- Menos custos: Os ETFs costumam cobrar taxas menores do que os fundos de investimento comuns, especialmente aqueles que seguem um índice automaticamente, sem precisar de uma equipe tomando decisões o tempo todo.
- Transparência: Você sempre pode saber quais ativos fazem parte do ETF, principalmente nos que seguem um índice de forma passiva.
- Flexibilidade: Como são vendidos na bolsa de valores, você pode comprar e vender ETFs a qualquer hora que a bolsa esteja aberta.
Desvantagens – ETFs Americanos
- Risco do índice: Se o índice que o ETF segue cair, o valor do seu investimento também cai. Você está atrelado ao desempenho do mercado e não escolhe individualmente os ativos.
- Liquidez: Alguns ETFs menores podem ter menos pessoas interessadas em comprar e vender. Isso pode fazer com que seja mais difícil negociar sem perder dinheiro na diferença entre o preço de compra e de venda. Além disso, se o ETF não atrair investimento suficiente, pode acabar sendo fechado.
Como investir nos EUA – ETFs Americanos
Para começar a investir em ETFs nos Estados Unidos, o primeiro passo é criar uma conta numa corretora que opere no mercado americano. Então, depois de abrir a sua conta, você precisa transferir dinheiro para ela. Isso pode ser feito em reais, usando PIX ou TED.
Em seguida, você troca seus reais por dólares dentro da plataforma da corretora. Com os dólares na conta, e já tendo escolhido em qual ETF quer investir, é só acessar a plataforma de negociação online da corretora, conhecida como home broker, e fazer sua ordem de compra.
Como escolher um ETF?
Ao escolher um ETF, é crucial considerar o tipo de investidor que você é e analisar alguns fatores importantes. Esses incluem: o índice que o ETF segue (para saber em que você está investindo), quão fácil é comprar e vender o ETF (liquidez), os custos e taxas que você vai pagar, e o tamanho e a confiabilidade da empresa que administra o fundo.
Para ajudar na comparação e escolha do ETF mais alinhado com suas metas de investimento, é útil usar ferramentas de análise e pesquisa.
ETFs: Custos – ETFs Americanos Baratos
Quando você investe em ETFs, existem custos envolvidos, como as taxas de administração do fundo e os custos de corretagem. As taxas de administração são cobradas todos os anos, calculadas diariamente e já estão incluídas no preço do ETF, então você não precisa pagar nada separadamente. Os custos de corretagem são pagos cada vez que você compra ou vende um ETF. É bom ter esses custos em mente para entender melhor quanto você pode ganhar com seus investimentos.
Além disso, nos Estados Unidos, os ETFs podem pagar dividendos, ou seja, uma parte do lucro, aos seus investidores, diferentemente do que acontece no Brasil. Outra diferença é que não há uma quantidade mínima de ações para comprar ou vender de uma vez, e você pode até comprar partes pequenas de um ETF, com investimentos iniciando em cerca de 5 dólares. Isso torna os ETFs nos EUA bastante acessíveis.