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A varejista chinesa planeja uma listagem de ações antes de uma potencial mudança de governo no Reino Unido.
Nesta segunda-feira (03), foi informado que a Shein, varejista chinesa está pronta para entrar com um pedido de oferta pública de ações (IPO) em Londres ainda nesta semana.
De acordo com informações de algumas fontes, essa nova oferta poderá valorizar a empresa em cerca de 50 bilhões de libras (R$ 333 bilhões). A oferta da fast-fashion chinesa poderá se tornar um dos maiores IPOs do Reino Unido, recuperando parte do status que a Bolsa de Londres perdeu com a transferência de negociações de ações de empresas para Nova York.
Foi divulgado que em fevereiro foi que a Shein estava analisando ativamente entrar com o pedido em Londres, pois considerava improvável que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, aprovasse uma IPO em Nova York devido à oposição de parlamentares o país.
Avaliada em 66 bilhões de dólares (R$ 346 bilhões) em uma rodada de financiamento no ano passado, a Shein começou a interagir com as equipes financeiras e jurídicas baseadas em Londres no início deste ano para explorar uma listagem na Bolsa de Valores de Londres.
Procurada, a Shein não quis comentar o possível IPO.
A empresa ainda precisa da aprovação da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, que determina regras para listagens de empresas nacionais fora da China.
SHEIN vê retrocesso na taxação de compras abaixo de US$ 50
Frente à decisão tomada pela Câmara dos Deputados na data de ontem, 28 de maio, a SHEIN vê como um retrocesso o fim do De Minimis, regime tributário que há mais de 40 anos garantia a isenção de imposto de importação para compras internacionais até USD 50. Uma vez que ele nunca teve função arrecadatória, a decisão de taxar remessas internacionais não é a resposta adequada por impactar diretamente a população brasileira.
Mesmo diante da decisão, a SHEIN reafirma o seu compromisso com o consumidor e reforça que seguirá dialogando e trabalhando junto ao governo e demais stakeholders para encontrar caminhos que possam viabilizar o acesso da população, principalmente das classes C, D e E – cerca de 88% de nossos consumidores, segundo pesquisa do Ipsos – para que continuem tendo acesso ao mercado global.
Com o fim da isenção, a carga tributária que recairá sob o consumidor final, passará a ser de 44,5%, o que com a isenção se mantinha em torno de 20,82% devido à cobrança do ICMS, no valor de 17%. Ou seja, um vestido que o consumidor da SHEIN comprava no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluso), agora custará mais de 98 reais com a nova carga tributária, formada pelo imposto de importação de 20% mais o ICMS de 17%.
Cabe destacar que mesmo com o crescimento do e-commerce no Brasil e no mundo, especialmente após a pandemia que impulsionou os hábitos de consumo por meios digitais da população global, estudos apontam que o e-commerce, no geral, representa entre 10% e 15% do varejo nacional. Enquanto isso, a parcela do e-commerce de plataformas internacionais não alcançaria mais do que 0,5% do varejo nacional, de acordo com estudo de 2024 da Tendências Consultoria.
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