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JP Morgan rebaixa projeções para o Ibovespa e destaca riscos fis

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Riscos fiscais no radar: analistas do banco apontaram os desequilíbrios fiscais como fator-chave para a revisão. A alta nos juros, mantida pelo Banco Central para conter a inflação, afetar qualidades do custo de crédito e reduzir a capacidade de consumo e investimento das empresas. “As condições económicas podem piorar antes de melhorar”, alerta o relatório. O JP Morgan projeta que, sem ajustes nas contas públicas, os desafios permanecerão elevados.

No curto prazo, o banco vê um Ibovespa fechando 2025 em torno de 146 mil pontos, representando um crescimento potencial de 14% em relação ao fechamento atual. Em um cenário otimista, onde as reformas fiscais viabilizam cortes de juros e incentivo ao investimento, o índice poderia atingir 160 mil pontos, uma alta de 25%.

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Impacto nas ações e setores prioritários

O setor de varejo e construção civil está entre os mais impactados, dada sua dependência direta do mercado interno e da dinâmica de crédito. Por outro lado, o relatório sugere foco em áreas como energia, agricultura e tecnologia, que demonstram maior resiliência às instabilidades econômicas. “Esses setores oferecem melhores oportunidades em um contexto adverso”, destaca o banco.

A revisão também trouxe impactos significativos no mercado de ações. Empresas como JBS (JBSS3) tiveram o preço-alvo ajustado de R$ 54 para R$ 26, refletindo preocupações com a variação das margens de lucro. Já a Minerva (BEEF3), beneficiada pela recuperação nas exportações de carne para a China, foi promovida a overweight , com preço-alvo revisado para R$ 17, sinalizando um momento mais favorável para a companhia.

Projeções para o Brasil e América Latina

O JP Morgan também avaliou o desempenho do Brasil em relação a outros países da América Latina, como México e Colômbia. Apesar de um cenário potencial de transição econômica para investimentos e exportações, os riscos de dominância fiscal – quando as contas públicas comprometem a política monetária – ainda preocupam. A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, por exemplo, poderia intensificar desafios como a desvalorização cambial e o aumento dos juros globais, limitando a recuperação económica regional.

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A revisão brasileira acompanha uma tendência global de maior cautela. Segundo o banco, os investidores estrangeiros continuam priorizando mercados mais lucrativos, o que reduz a liquidez na Bolsa brasileira. Em abril deste ano, o mercado acionário movimentou R$ 31,5 bilhões por dia na B3, um aumento de 13,2% em relação a 2022, mas com sinais de desaceleração recentes.


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