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- O Grupo Madero reduziu sua dívida líquida para R$ 594,9 milhões, uma queda de 28,7% em relação ao ano anterior
- A empresa obteve um financiamento de R$ 500 milhões em julho, que ajudou a quitar a parte mais cara de sua dívida
- Madero decidiu diminuir o ritmo de abertura de novas unidades, encerrando o trimestre com 274 restaurantes
- O grupo registrou um lucro líquido de R$ 28 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 18,2 milhões do ano anterior
- O EBITDA ajustado cresceu 54,8%, alcançando R$ 166,4 milhões, impulsionado por benefícios do Programa Emergencial de Retomada
- A receita líquida foi de R$ 520 milhões, alta de 22,4%, com vendas em lojas abertas há mais de um ano subindo 12%
O Grupo Madero, renomada rede de restaurantes do chef Junior Durski, apresentou avanços significativos na redução de sua dívida durante o terceiro trimestre de 2024. Conforme o balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira (28), o endividamento líquido da empresa caiu para R$ 594,9 milhões. Dessa forma, representando uma queda expressiva de 28,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A relação entre a dívida líquida e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) também melhorou. Assim, situando-se em 1,07 vez, um avanço notável em relação aos mais de 15 vezes registrados em 2020.
Recuperação financeira
Essa recuperação financeira é, em grande parte, resultado de um financiamento de R$ 500 milhões obtido em julho. Dessa forma, através da emissão de notas comerciais com cinco instituições bancárias. Essa operação foi crucial para liquidar as partes mais onerosas da dívida. Assim, permitindo que o grupo respirasse financeiramente e iniciasse uma trajetória de recuperação.
Com uma estratégia focada na contenção de gastos e na redução da dívida, o Madero optou por desacelerar a abertura de novas unidades. A empresa encerrará o terceiro trimestre com um total de 274 restaurantes, tendo inaugurado duas novas lojas no Rio de Janeiro: um Madero Steakhouse no ParkShopping Jacarepaguá e uma unidade do Jeronimo no ParkShopping Campo Grande.
Além disso, o grupo tem se esforçado para otimizar o investimento na expansão. No terceiro trimestre, o Madero investiu R$ 28,9 milhões em capex, uma elevação de 71,1% em relação ao ano anterior. Destes, a empresa direcionou R$ 16,6 milhões para a abertura de novas unidades, refletindo um foco em eficiência.
Retorno ao lucro
Os resultados financeiros também revelaram um retorno ao lucro, com o grupo registrando um lucro líquido de R$ 28 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 18,2 milhões do ano anterior. O EBITDA ajustado cresceu 54,8%, alcançando R$ 166,4 milhões, impulsionado por um benefício extraordinário do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE). Sem essa ajuda, o EBITDA teria sido de R$ 134,4 milhões.
A margem EBITDA ajustada do Madero subiu para 32%, um aumento de 6,7 pontos percentuais. Entre julho e setembro de 2024, a receita líquida alcançou R$ 520 milhões, o que representa um crescimento de 22,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Excluindo o efeito do PERSE, a receita teria sido de R$ 478,1 milhões. As vendas nas mesmas lojas, aquelas abertas há pelo menos um ano, cresceram 12%, enquanto as vendas via delivery corresponderam a mais de 20% da receita total no período.
Com essas medidas, o Grupo Madero não apenas mostra sinais de recuperação financeira, mas também se posiciona para um futuro promissor, consolidando sua presença no mercado de restaurantes brasileiro.
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