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A Fami Capital, resultado da fusão dos escritórios Messem e Faros, optou por abandonar seus planos de se tornar uma ‘corretora leve’, lançando luz sobre um novo caminho para outros Agentes Autônomos de Investimento (AAIs). A mudança ocorre após uma alteração regulatória que permite que sócios investidores participem dos AAIs.
Antes dessa mudança, apenas os agentes autônomos poderiam ser sócios dos escritórios. No entanto, corretoras como XP e BTG estabeleceram acordos de investimento que envolvem aportes diretos em seus AAIs. A XP, por exemplo, comprou participações na Messem DTVM e na DTVM da Faros. Com a decisão da Fami de manter seu modelo atual, a XP renegociou esses acordos, ficando com uma participação entre 30% e 40%.
A Fami seguiu seu próprio caminho, mirando o exemplo da CapTrust, uma instituição nos EUA com quase US$ 800 bilhões em ativos. A Fami deseja atingir R$ 100 bilhões em (AUC) até o final do próximo ano, com foco em aquisições, principalmente no segmento de multifamily office. Atualmente, esse segmento representa R$ 10 bilhões dos R$ 65 bilhões sob custódia da empresa, atendendo clientes com mais de R$ 25 milhões em liquidez. A Fami também atua no segmento de alta renda e privado.
Índice de conteúdo
Mudança nas estratégias da Fami
Essa mudança na estratégia sugere que as corretoras leves podem não ser a melhor opção para todos os AAIs, especialmente à luz das mudanças regulatórias. Enquanto algumas instituições, como a Monte Bravo, obtiveram licenças para se tornar corretoras leves, outras, como a Fami, decidiram seguir um caminho diferente.
É importante observar que essa é uma decisão específica da Fami Capital, e outras instituições podem optar por diferentes estratégias com base em suas necessidades. Afinal, a dinâmica do mercado de investimentos continua evoluindo, e as empresas buscam maneiras inovadoras de atender às necessidades de seus clientes e expandir seus negócios.
Santander tem lucro líquido de R$ 2,73 bilhões no 3T23
O Santander Brasil (SANB11) divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2023, revelando um lucro líquido de R$ 2,73 bilhões. Isso representa um aumento em relação ao trimestre anterior, quando o banco registrou um lucro de R$ 2,309 bilhões. Além disso, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROAE) recorrente atingiu 13,1% no terceiro trimestre de 2023, destacando a saúde financeira da instituição.
No entanto, vale notar que a despesa com provisão para inadimplência foi de R$ 5,62 bilhões durante o trimestre. O banco também informou que a inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,0%. Esses números refletem a gestão eficaz de riscos do Santander em um ambiente econômico desafiador.
As expectativas dos analistas eram ligeiramente diferentes dos resultados divulgados pelo banco. Em média, eles esperavam que o Santander Brasil apurasse um resultado líquido recorrente de R$ 2,75 bilhões para o terceiro trimestre, de acordo com dados da Lseg. Embora o banco tenha ficado ligeiramente abaixo dessa expectativa, os números ainda indicam um desempenho sólido.
Após 18 meses de piora na qualidade de seus ativos, o Santander Brasil observou uma queda na inadimplência no comparativo trimestral. Essa redução desempenhou um papel importante na diminuição das despesas com provisões contra calotes. A capacidade do banco de gerenciar seu risco de crédito é fundamental para manter sua estabilidade financeira.
Desafios e oportunidades
No entanto, o trimestre também apresentou desafios para o banco. As margens recuaram na comparação com o trimestre anterior, e embora tenham aumentado em relação ao mesmo período do ano anterior, não conseguiram compensar o aumento nas despesas da instituição. As margens mais apertadas refletem um ambiente de taxas de juros mais baixas, que afeta a rentabilidade dos bancos.
A margem financeira bruta do Santander Brasil, que representa os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,413 bilhões, uma alta de 6,5% em relação ao ano anterior. Isso se deve à expansão da margem com clientes e à melhoria dos resultados da tesouraria. No entanto, em relação ao trimestre anterior, houve uma queda de 1,2%.
As margens com clientes, que incluem os resultados com operações de crédito, totalizaram R$ 14,240 bilhões, um crescimento de 0,6% em comparação com o ano anterior. No entanto, em relação ao trimestre anterior, houve uma queda de 1,3%. Essa queda nas margens pode ser atribuída às condições econômicas desafiadoras que impactaram o setor bancário como um todo.
O Santander Brasil apresentou resultados financeiros sólidos no terceiro trimestre de 2023, demonstrando sua capacidade de gerenciar riscos e manter sua estabilidade financeira. Embora tenha enfrentado desafios, como margens mais apertadas, o banco está bem posicionado para aproveitar oportunidades à medida que a economia se recupera e as condições de mercado melhoram. A redução na inadimplência é um indicativo positivo e mostra a eficácia das práticas de gerenciamento de riscos do Santander Brasil. Como o banco continua a se adaptar a um ambiente em constante mudança, sua resiliência e capacidade de inovação são ativos valiosos para o futuro.
PicPay anuncia suspensão temporária das operações com criptomoedas
Em um comunicado recente, o PicPay anunciou que irá temporariamente pausar suas operações envolvendo criptomoedas. Os usuários foram notificados dessa interrupção na última sexta-feira (20), e o comunicado detalha os próximos passos nesse processo. A partir de agora, os usuários não podem mais adquirir criptomoedas por meio do aplicativo PicPay. No entanto, aqueles que ainda possuem saldo em suas contas de cripto terão a oportunidade de liquidar seus ativos sem a incidência de taxas até o dia 11 de dezembro.
Para aqueles que desejam manter seus criptoativos, o PicPay oferecerá uma solução chamada “portabilidade”. Assim, os usuários que desejam realizar essa transferência poderão fazê-lo a partir do dia 30 de outubro diretamente pelo aplicativo PicPay, na seção dedicada às criptomoedas.
A empresa afirmou que a decisão de pausar temporariamente suas operações se deve ao desejo de obter maior clareza e segurança no cenário regulatório atual. A empresa acredita que é importante avaliar cuidadosamente o ambiente regulatório e retornar à atuação no mercado quando os regulamentos estiverem mais bem definidos.
Essa decisão do PicPay ressalta a importância de uma abordagem cautelosa e em conformidade com as regulamentações governamentais no setor de criptomoedas. A empresa optou por tomar essa medida temporária a fim de garantir que suas operações futuras com criptomoedas sejam em total conformidade com as normas e regulamentações vigentes.
Posicionamento da marca
Esse é um exemplo da maturidade do mercado, em que empresas que atuam nesse setor buscam proteger os interesses dos usuários. Portanto, a decisão de pausar as operações pode ser vista como um passo em direção a um futuro mais seguro para o uso de ativos digitais.
Os usuários do PicPay devem ficar atentos às orientações da empresa sobre como proceder com seus ativos, seja optando por liquidá-los ou realizando a portabilidade. Em qualquer caso, a empresa está buscando garantir que essa transição ocorra de maneira clara, tendo respeito pelos interesses dos usuários.
Embora essa pausa seja vista como uma precaução, ela também será necessária para que as empresas criem um ambiente de negócios mais seguro. Afinal, espera-se que as operações com criptomoedas do PicPay possam retomar, beneficiando seus usuários e o ecossistema de criptomoedas.
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