
- Dólar sobe a R$ 5,38, e juros futuros avançam com cenário externo negativo.
- Ibovespa cai 0,30% e fecha abaixo dos 150 mil pontos.
- Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recuam com commodities em baixa.
O Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira (4) com queda de 0,30%, aos 149.998,23 pontos, voltando a ficar abaixo da marca simbólica dos 150 mil. A cautela do investidor refletiu a aversão ao risco no exterior e a realização de lucros após o recorde histórico da véspera.
Enquanto isso, o dólar comercial subiu a R$ 5,38, acompanhando o fortalecimento global da moeda americana, e os juros futuros (DIs) avançaram em toda a curva, refletindo a piora no cenário internacional.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) lideram as quedas
As ações da Vale (VALE3) recuaram 0,99%, pressionadas pela queda do minério de ferro na China, após dados fracos do setor industrial.
Já Petrobras (PETR4) caiu 0,33%, acompanhando a desvalorização do petróleo Brent, que voltou a operar abaixo dos US$ 86 por barril.
Assim, o movimento das gigantes exportadoras reduziu o apetite dos investidores e limitou o avanço de outros papéis do índice.
Desse modo, analistas apontam que, apesar da leve correção, a tendência de curto prazo ainda é positiva, com suporte técnico próximo aos 149 mil pontos.
Bancos acompanham o movimento negativo e ampliam perdas
O setor bancário também contribuiu para o desempenho fraco do Ibovespa. Itaú (ITUB4) recuou 0,17%, Santander (SANB11) caiu 0,03%, Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,14% e Bradesco (BBDC4) fechou em -0,13%.
Além disso, segundo analistas, as taxas de juros mais altas pressionam as margens do setor e reduzem o interesse por ações financeiras no curto prazo.
Portanto, ainda assim, o setor bancário segue entre os mais recomendados nas carteiras de novembro, impulsionado pelos resultados sólidos no terceiro trimestre.
Bolsas dos EUA ampliam queda com realização e temor sobre juros
No exterior, o Dow Jones Futuro caiu 0,63%, o S&P500 Futuro recuou 1,02%, e a Nasdaq Futuro perdeu 1,34%.
Ademais, o movimento foi influenciado pela alta nos rendimentos dos Treasuries e por novos sinais de cautela do Federal Reserve quanto a cortes de juros.
Com isso, investidores globais reduziram posições em ativos de risco, o que afetou também os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Por fim, a expectativa é de volatilidade elevada nos próximos dias, com atenção aos dados de emprego dos EUA e à ata do Copom.