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Ações da Ânima (ANIM3) caem 9% apesar de balanço 'positivo' no 1T25: o que explica esse movimento?

O Santander mantém uma visão otimista para o longo prazo, destacando o potencial de valorização da empresa

Ações da Ânima (ANIM3) caem 9% apesar de balanço ‘positivo’ no 1T25: o que explica esse movimento? Ações da Ânima (ANIM3) caem 9% apesar de balanço ‘positivo’ no 1T25: o que explica esse movimento? Ações da Ânima (ANIM3) caem 9% apesar de balanço ‘positivo’ no 1T25: o que explica esse movimento? Ações da Ânima (ANIM3) caem 9% apesar de balanço ‘positivo’ no 1T25: o que explica esse movimento?
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As ações da Ânima (ANIM3) operam em forte queda nesta segunda-feira (12), dias depois da companhia divulgar seu balanço financeiro do 1° trimestre de 2025 (1T25). Por volta das 10:45, os papéis caiam 9,22% a R$ 3,74.

Segundo o Santander, o principal motivo que âncora o desanimo em relação as ações da empresa é a expectativa de crescimento mais moderado para o setor educacional, que tem enfrentado um ambiente de maior incerteza devido ao cenário macroeconômico.

Além disso, o banco destacou que durante os três primeiros meses de 2025, a Ânima apresentou uma diluição da margem bruta de caixa, que caiu 100 pontos-base em relação ao ano anterior.

Esse ponto desponta como negativo na leitura do balanço da companhia. Essa queda se atribui ao aumento de custos não esperados, apesar da diluição nos custos com pessoal.

Apesar dos pontos negativos, o Santander ainda vê a empresa com bom potencial de valorização no longo prazo, mesmo com esses desafios.

Balanço da Ânima no 1T25

A Ânima (ANIM3) superou as estimativas de lucro tanto da equipe do Santander quanto do consenso do mercado durante o período. O crescimento robusto da receita e os ganhos de eficiência operacional foram os principais destaques, além de uma melhora significativa nas margens.

O lucro líquido ajustado da companhia, excluindo os efeitos de minorias, atingiu R$ 115 milhões. A empresa também apresentou um crescimento sólido do EBITDA (lucro antes juros e amortizações) ajustado, que alcançou R$ 432 milhões, com uma expansão de 9% em relação ao ano passado, e uma margem EBITDA de 41,5%, representando um aumento de 150 pontos base (bps) na comparação anual.

Desempenho forte

A análise do Santander destacou que os segmentos Inspirali e DL mostraram resultados robustos.

A Inspirali, que atua no segmento de educação ao longo da vida, teve uma receita de R$ 386 milhões, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Dessa forma, esse aumento tem impulso por volumes mais altos e um forte crescimento nos preços de graduação (+7% YoY).

Enquanto a DL, voltada para a educação continuada, teve receita de R$ 77,4 milhões, um aumento de 7% YoY, com preços também em alta, representando um crescimento de 5,7% YoY.

Nesse sentido, o Santander ressaltou que “os resultados da Inspirali foram impulsionados pela maior procura por educação ao longo da vida, refletindo o aumento da demanda por cursos de graduação e programas continuados”.

A empresa também mencionou que “a DL apresentou um crescimento robusto devido à sua estratégia de reajuste de preços, especialmente no segmento de educação continuada, que tem mostrado uma procura crescente”.

Situação financeira

A análise do banco aponta ainda para um alívio nas pressões financeiras, com a dívida líquida/EBITDA melhorando para 2,63x no trimestre e a redução de 3% na dívida líquida, resultado de um fluxo de caixa livre mais forte que o esperado.

“Com a eficiência operacional aprimorada e um cenário macroeconômico mais favorável, as ações da Ânima têm potencial de continuar se valorizando, e a companhia está bem posicionada para capturar novas oportunidades de crescimento”, completou a análise do Santander.

Projeção de crescimento e perspectiva de valorização

O Santander indica que a Ânima continua com boas perspectivas de crescimento, apesar do cenário macroeconômico não ser favorável.

Especialmente com a tendência de aumento na entrada de novos alunos e a redução das taxas de evasão.

Além disso, a continuação da alta nos preços de graduação e o foco em educação ao longo da vida devem impulsionar ainda mais a receita nos próximos trimestres.

Dessa forma, o banco recomenda “acompanhar de perto os resultados da empresa, que devem seguir entregando um desempenho sólido, com uma visão otimista sobre o seu crescimento nos próximos meses.”

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.