
- O dólar cai com a possibilidade de a China suspender tarifas sobre produtos dos EUA
- O IPCA-15 de abril subiu 0,43%, indicando desaceleração nos preços
- O dólar futuro sobe levemente, mas o real continua fortalecido
O dólar à vista iniciou a sexta-feira (25) com leve queda de 0,10%, cotado a R$ 5,686 na compra e R$ 5,687 na venda, caminhando para encerrar a semana em baixa. Esse movimento foi impulsionado por um alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, somado à expectativa sobre os dados de inflação no Brasil.
O mercado também reagiu a sinais de desaceleração na inflação, o que ajudou a sustentar a queda da moeda americana.
Impacto das tensas relações comerciais
Às 9h12, o dólar à vista recuava 0,10%, cotado a R$ 5,686 na compra e R$ 5,687 na venda. Esse movimento está alinhado à expectativa de um alívio nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
A notícia de que o governo chinês está considerando suspender tarifas de 125% sobre algumas importações dos EUA gerou otimismo entre os investidores. Dessa forma, refletindo positivamente sobre o real. Com isso, o dólar comercial, que fechou em queda de 0,43% na quinta-feira (24), mantendo sua trajetória de baixa, fortaleceu a posição do real.
A volatilidade da moeda
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento, DOLc1, registrava uma leve alta de 0,01%, cotado a 5.688 pontos, acompanhando a oscilação da moeda no mercado à vista.
Essa leve alta no dólar futuro reflete a cautela do mercado, que ainda analisa os desdobramentos das negociações comerciais entre as potências globais. No entanto, o movimento geral permanece em queda para a moeda americana. Contudo, à medida que a incerteza diminui e a confiança no real volta a ganhar força.
Sinal de desaceleração
No cenário interno, o mercado também se atenta ao avanço dos dados de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação oficial, subiu 0,43% em abril, abaixo da alta de 0,64% registrada no mês anterior.
O acumulado do índice no ano ficou em 2,43%, enquanto a inflação nos últimos 12 meses alcançou 5,49%. A desaceleração da inflação reforça a perspectiva de que os preços podem estar perdendo força. Assim, o que traz alívio aos investidores e influencia positivamente o desempenho do real frente ao dólar.
Em resumo, o dólar à vista segue em queda nesta sexta-feira, reflexo de uma combinação de alívio nas tensões comerciais internacionais e dados econômicos mais favoráveis.
A expectativa é de que a moeda continue a operar em um cenário de cautela, aguardando novos sinais de evolução nas negociações entre os EUA e a China e mais informações sobre a trajetória da inflação no Brasil.