
A Azevedo & Travassos Energia (AZTE3) está sob pressão da B3. O motivo? Suas ações têm sido negociadas abaixo de R$ 1,00 por mais de 30 pregões consecutivos — e, pelas regras da bolsa brasileira, isso exige providências para manter a regularidade dos papéis no mercado.
Em comunicado, a companhia informou que foi notificada pela B3 e que deverá realizar um reenquadramento de suas ações.
Na prática, isso significa que a empresa precisa ajustar o valor unitário dos papéis, o que costuma ser feito por meio de um grupamento de ações — quando vários papéis são reunidos em um só, elevando o preço por ação sem alterar o valor de mercado da empresa.
Por enquanto, no entanto, a Azevedo & Travassos descarta o grupamento imediato, apostando em uma valorização orgânica, fruto de avanços operacionais e reconhecimento de mercado.
“A gestão acredita que, com a continuidade dos avanços operacionais, o mercado poderá reconhecer o valor intrínseco da companhia”, diz o comunicado.
Mas por que essa regra existe?
A B3 considera que ações com preços muito baixos — chamadas informalmente de “penny stocks” — podem afetar a liquidez, a transparência e o comportamento de negociação no mercado, abrindo espaço para movimentos especulativos e dificultando a análise dos ativos por investidores institucionais.
Por isso, impõe um limite de tempo para que empresas resolvam o problema.
A Azevedo & Travassos Energia tem até 24 de novembro de 2025 para se reenquadrar às regras. Se não o fizer, poderá enfrentar sanções da bolsa, que vão desde advertências até o risco de suspensão da negociação das ações.
Na sexta-feira (14), os papéis da Azevedo & Travassos Energia fecharam cotados a R$ 0,60, bem abaixo do valor mínimo exigido. Agora, a expectativa gira em torno dos próximos movimentos da empresa e da reação dos investidores.