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Bancos dominam, varejo oscila e aéreas afundam: A montanha-russa do Ibovespa

Em semana de extremos, bolsa sobe 1,02%, embalada por lucros recordes de bancos e colapsos de gigantes como Gol, MRV e CSN e o dólar recua.

Bancos dominam, varejo oscila e aéreas afundam: A montanha-russa do Ibovespa
  • Itaú surpreende e lidera ganhos com lucro recorde e ROE acima de 20%
  • Gol despenca mais de 25% com ação abaixo de R$ 1 e levanta alerta no setor aéreo
  • Ibovespa avança 0,21% e fecha sua quinta semana seguida em alta, fato inédito desde 2023

O Ibovespa encerrou a sessão desta sexta-feira (9) em alta de 0,21%, aos 136.511,88 pontos, acumulando valorização de 1,02% na semana. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira completa cinco semanas consecutivas no azul, feito que não acontecia desde o fim de 2023.

A sequência positiva tem como pano de fundo o otimismo com os resultados corporativos do primeiro trimestre de 2025, especialmente no setor bancário.

O volume negociado atingiu R$ 29,80 bilhões, refletindo o forte interesse do mercado em papéis de empresas que surpreenderam positivamente com seus balanços. A máxima do dia chegou a 137.286,01 pontos e a mínima bateu 136.105,44 pontos.

O destaque absoluto ficou com o Itaú Unibanco (ITUB4), que disparou 5,41% após divulgar lucro recorde no 1T25 e manter um retorno sobre patrimônio (ROE) superior a 20%.

Bancos puxam alta, enquanto varejo e aéreas vivem extremos

A valorização do Ibovespa foi puxada principalmente pelas ações do setor financeiro. Além do Itaú, que liderou o dia em volume negociado, o Bradesco (BBDC4) também continuou em alta, subindo 0,27%, após salto de mais de 15% ontem com seus resultados robustos. O desempenho dos grandes bancos reforça o apetite dos investidores por empresas consolidadas e com alta rentabilidade.

No setor de varejo, os resultados trouxeram surpresas de ambos os lados. A Assaí (ASAI3) avançou 3,51% após divulgar um balanço que revela mudança no perfil de consumo das classes mais baixas.

A Lojas Renner (LREN3) também brilhou com uma alta de 4,92%, embalada por expectativas positivas para o segundo trimestre. Por outro lado, o Magazine Luiza (MGLU3) derreteu 6,98% após apresentar números aquém do esperado, e a Petz (PETZ3) caiu 8,80%, mostrando que o mercado tem punido com severidade resultados fracos.

A MRV (MRVE3), no entanto, protagonizou um dos piores momentos do dia ao despencar 11,22%, pressionada pelos prejuízos da subsidiária americana Resia. Já a Tenda (TEND3) subiu 13,34%, com lucros acima das projeções, mostrando como o setor de construção civil está dividido entre euforia e colapso.

Gol despenca com proposta polêmica e ações valem centavos

Um dos maiores choques da semana veio do setor aéreo. A Gol (GOLL4) anunciou um aumento de capital e viu suas ações despencarem 25,21%, passando a valer apenas R$ 0,89. A medida, portanto, foi vista por analistas como um último recurso para evitar colapso financeiro. A queda arrastou a Azul (AZUL4), que recuou 11,89%, ampliando sua perda acumulada em 2025 para quase 65%.

Fora das quedas dramáticas, a Vale (VALE3) teve leve alta de 0,40%, com dia volátil no mercado internacional de minério. A Petrobras (PETR4) subiu 0,65%, impulsionada pela valorização do petróleo no exterior. O movimento, no entanto, reforça a tendência de cautela seletiva, com investidores buscando oportunidades em empresas com fundamentos sólidos ou sensíveis ao cenário externo.

Além do Itaú, a ação da Porto Seguro (PSSA3) foi a maior alta do dia, sinalizando que o mercado também está atento a papéis com boa perspectiva de estabilidade e crescimento.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.