Criptomoedas

Bitcoin (BTC) volta a cair em meio a inflação nos EUA e alívio de Trump: o que explica movimento?

Criptomoeda voltou aos US$ 100 mil na última semana, mais cenário econômico ainda impacta investidores

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bitcoin michael wensch dominio publico
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O Bitcoin enfrenta uma leve queda de 0,64% nesta terça-feira (13), recuando para US$ 103.631 mil, após ter superado a marca dos US$ 100.000 na semana passada.

Esse movimento reflete uma realização de lucros natural após uma ascensão expressiva, mas não apaga o otimismo subjacente que continua a influenciar o mercado das criptomoedas.

O que, então, está realmente impulsionando essa volatilidade no preço do Bitcoin?

A resposta se encontra em uma combinação de fatores geopolíticos, econômicos e monetários, com destaque para a trégua comercial entre EUA e China, a inflação nos EUA e as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed).

Desempenho das criptos:

NomeCódigoPreço (USD)Var (24h)Var (7d)
BitcoinBTC103.631,9-0,64%+10,54%
EthereumETH2.528,09-1,14%+42,20%
Tether USDtUSDT1,0001+0,01%+0,02%
XRPXRP2,5391-2,33%+21,65%
BNBBNB655,50-3,69%+9,93%
SolanaSOL174,639-2,54%+22,43%
USDCUSDC1,0000+0,01%+0,01%
DogecoinDOGE0,228367-4,79%+38,83%
CardanoADA0,8041-4,89%+23,50%
TRONTRX0,265207-4,76%+8,58%

(Às 10:10)

Inflação dos EUA

Em abril, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2%, refletindo uma leve alta, mas com pressões inflacionárias persistentes, especialmente devido ao impacto das tarifas comerciais sobre produtos importados. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (13).

Em um ambiente de inflação crescente, o Bitcoin é frequentemente visto como uma reserva de valor, uma alternativa ao dólar e a outros ativos tradicionais que são mais vulneráveis à desvalorização provocada pela inflação.

Além disso, a expectativa de que as tarifas elevadas sobre as importações continuem a pressionar os preços pode levar os investidores a buscar ativos como o Bitcoin, que, teoricamente, não sofre os mesmos impactos da inflação tradicional. Isso faz com que o mercado continue a encarar o Bitcoin como um refúgio seguro diante da incerteza econômica.

A trégua comercial EUA-China

Um dos principais motores do otimismo recente entre as criptomoedas foi a trégua comercial entre EUA e China, que trouxe um alívio significativo ao mercado.

Em uma movimentação que reduziu as tarifas sobre produtos chineses e americanos, as duas maiores economias do mundo mostraram disposição para diminuir as tensões comerciais.

Esse alívio ajudou a melhorar o sentimento de risco, favorecendo ativos mais voláteis, como o Bitcoin.

Em tempos de desaceleração das tensões geopolíticas, o Bitcoin se torna uma escolha popular entre os investidores que buscam diversificação e proteção contra os riscos de um cenário global instável.

O Federal Reserve

Outro fator crucial no comportamento do Bitcoin é a política monetária do Federal Reserve (Fed).

O Fed decidiu manter as taxas de juros de referência entre 4,25% e 4,50% na última reunião, e os mercados estão antecipando um possível afrouxamento monetário em setembro.

Taxas de juros mais baixas tendem a tornar os ativos mais voláteis, como o Bitcoin, mais atraentes, já que os investidores buscam alternativas com maior potencial de retorno.

Caso o Fed decida continuar com a política de juros mais baixos, isso pode impulsionar ainda mais a demanda por criptomoedas, uma vez que as opções tradicionais de investimento oferecem retornos mais baixos.

No entanto, se o Fed optar por uma postura mais agressiva, com aumento de juros para conter a inflação, os ativos de risco, como o Bitcoin, podem enfrentar uma pressão maior.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.