O Bitcoin enfrenta uma leve queda de 0,64% nesta terça-feira (13), recuando para US$ 103.631 mil, após ter superado a marca dos US$ 100.000 na semana passada.
Esse movimento reflete uma realização de lucros natural após uma ascensão expressiva, mas não apaga o otimismo subjacente que continua a influenciar o mercado das criptomoedas.
O que, então, está realmente impulsionando essa volatilidade no preço do Bitcoin?
A resposta se encontra em uma combinação de fatores geopolíticos, econômicos e monetários, com destaque para a trégua comercial entre EUA e China, a inflação nos EUA e as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed).
Desempenho das criptos:
Nome | Código | Preço (USD) | Var (24h) | Var (7d) |
---|---|---|---|---|
Bitcoin | BTC | 103.631,9 | -0,64% | +10,54% |
Ethereum | ETH | 2.528,09 | -1,14% | +42,20% |
Tether USDt | USDT | 1,0001 | +0,01% | +0,02% |
XRP | XRP | 2,5391 | -2,33% | +21,65% |
BNB | BNB | 655,50 | -3,69% | +9,93% |
Solana | SOL | 174,639 | -2,54% | +22,43% |
USDC | USDC | 1,0000 | +0,01% | +0,01% |
Dogecoin | DOGE | 0,228367 | -4,79% | +38,83% |
Cardano | ADA | 0,8041 | -4,89% | +23,50% |
TRON | TRX | 0,265207 | -4,76% | +8,58% |
(Às 10:10)
Inflação dos EUA
Em abril, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2%, refletindo uma leve alta, mas com pressões inflacionárias persistentes, especialmente devido ao impacto das tarifas comerciais sobre produtos importados. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (13).
Em um ambiente de inflação crescente, o Bitcoin é frequentemente visto como uma reserva de valor, uma alternativa ao dólar e a outros ativos tradicionais que são mais vulneráveis à desvalorização provocada pela inflação.
Além disso, a expectativa de que as tarifas elevadas sobre as importações continuem a pressionar os preços pode levar os investidores a buscar ativos como o Bitcoin, que, teoricamente, não sofre os mesmos impactos da inflação tradicional. Isso faz com que o mercado continue a encarar o Bitcoin como um refúgio seguro diante da incerteza econômica.
A trégua comercial EUA-China
Um dos principais motores do otimismo recente entre as criptomoedas foi a trégua comercial entre EUA e China, que trouxe um alívio significativo ao mercado.
Em uma movimentação que reduziu as tarifas sobre produtos chineses e americanos, as duas maiores economias do mundo mostraram disposição para diminuir as tensões comerciais.
Esse alívio ajudou a melhorar o sentimento de risco, favorecendo ativos mais voláteis, como o Bitcoin.
Em tempos de desaceleração das tensões geopolíticas, o Bitcoin se torna uma escolha popular entre os investidores que buscam diversificação e proteção contra os riscos de um cenário global instável.
O Federal Reserve
Outro fator crucial no comportamento do Bitcoin é a política monetária do Federal Reserve (Fed).
O Fed decidiu manter as taxas de juros de referência entre 4,25% e 4,50% na última reunião, e os mercados estão antecipando um possível afrouxamento monetário em setembro.
Taxas de juros mais baixas tendem a tornar os ativos mais voláteis, como o Bitcoin, mais atraentes, já que os investidores buscam alternativas com maior potencial de retorno.
Caso o Fed decida continuar com a política de juros mais baixos, isso pode impulsionar ainda mais a demanda por criptomoedas, uma vez que as opções tradicionais de investimento oferecem retornos mais baixos.
No entanto, se o Fed optar por uma postura mais agressiva, com aumento de juros para conter a inflação, os ativos de risco, como o Bitcoin, podem enfrentar uma pressão maior.