
O Bitcoin (BTC) opera em queda nesta sexta-feira (23), após atingir sua marca histórica (US$ 112 mil) na última quinta-feira (22). Por volta das 09:40, a maior criptomoeda do mundo recuava 2,36%, cotada a US$ 108,1 mil.
O movimento de queda acontece após o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, reacender temores no mercado ao anunciar tarifas de 50% sobre produtos importados da União Europeia a partir de 1º de junho, acusando o bloco de dificultar negociações comerciais com os EUA.
Trump também ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre iPhones, caso a Apple não migre a produção do seu principal produto para os Estados Unidos.
A empresa planeja aumentar a fabricação na Índia para evitar as tarifas aplicadas a produtos fabricados na China, em meio à guerra comercial vigente.
Recorde histórico do Bitcoin e realização de lucros
Esse recuo parcial do Bitcoin também é típico após grandes altas, quando investidores optam por realizar lucros, especialmente em níveis recordes.
Além disso, a volatilidade foi influenciada por movimentações expressivas: a Coinbase Global, uma das maiores exchanges dos EUA, recebeu transferências superiores a US$ 670 milhões em poucas horas, segundo o monitor Whale Alert.
Avanço regulatório nos EUA e entusiasmo institucional
O cenário de fundo permanece muito positivo. O Senado dos EUA avançou esta semana com o projeto de lei chamado “Guiando e Estabelecendo Inovação Nacional para Stablecoins dos EUA”. Essa legislação visa estabelecer um marco regulatório claro para stablecoins, que são moedas digitais atreladas a ativos tradicionais, como o dólar.
Para investidores e instituições, o projeto representa uma importante evolução para o mercado cripto, trazendo maior segurança jurídica e estimulando uma maior participação institucional em ativos digitais.
O texto agora segue para votação no plenário do Senado, um passo aguardado com expectativa pelo mercado.