Otimista, mas nem tanto

Brava (BRAV3): BTG destaca evolução, mas corta preço-alvo da ação – entenda motivo

Banco vê fundamentos mais sólidos na companhia, mas alerta que reprecificação da ação pode levar tempo

Brava (BRAV3): BTG destaca evolução, mas corta preço-alvo da ação – entenda motivo Brava (BRAV3): BTG destaca evolução, mas corta preço-alvo da ação – entenda motivo Brava (BRAV3): BTG destaca evolução, mas corta preço-alvo da ação – entenda motivo Brava (BRAV3): BTG destaca evolução, mas corta preço-alvo da ação – entenda motivo
Brava Energia (BRAV3)
Foto: Divulgação.

O BTG Pactual atualizou sua visão sobre a Brava Energia (BRAV3), ao reconhecer avanços importantes na companhia após um período conturbado de integração pós-fusão. A avaliação do banco destaca melhorias operacionais, uma base de ativos mais estável e uma tese de investimento mais robusta.

Nesse sentido, a recomendação do BTG para BRAV3 é de ‘compra’, mas o preço-alvo foi reduzido de R$ 32,00 para 28,00, refletindo o volátil preço do petróleo atualmente.

Mesmo com fundamentos melhores, a ação ainda depende de execução. O mercado está mais cético, e o movimento de reprecificação deve ser lento até que a BRAV3 prove sua capacidade de entregar caixa livre, afirma o BTG.

Segundo o banco, a reprecificação da ação deve ocorrer de forma gradual, diante de desafios no fluxo de caixa e no cenário macroeconômico.

O BTG destaca que a tese de investimento da Brava evoluiu bastante nos últimos trimestres, já que a companhia superou a fase de incertezas pós-fusão e agora está posicionada para gerar valor de maneira mais consistente.

Assim, a expectativa do BTG é que a Brava consiga acelerar sua desalavancagem por meio de um fluxo de caixa operacional mais previsível — ponto central da nova tese de investimento da casa. Acreditamos que o cerne da tese agora repousa em sua capacidade de gerar fluxo de caixa consistente, crucial para recuperar o balanço e abrir espaço para dividendos relevantes no futuro, pontua o banco.

Governança em foco: sinal de alinhamento?

Outro ponto relevante abordado pelo BTG foi a governança da companhia. Recentemente, a gestora Yellowstone pediu que o Conselho da Brava revise a cláusula de poison pill — mecanismo que dificulta a entrada de novos controladores. Embora esse tipo de mudança costume gerar controvérsia, o BTG vê potencial positivo.

No caso da Brava a remoção da poison pill pode facilitar a formação de uma base acionária mais coesa e alinhada, algo essencial nessa nova fase da empresa, avalia o banco.

A aprovação de um contrato TRS (Total Return Swap) sobre ações BRAV3 também foi vista como um sinal de confiança da gestão na própria tese da companhia.

Valorização ainda existe, mas depende da desalavancagem

Com a nova projeção, o BTG estima um potencial de valorização relevante para a ação.

Ainda assim, o banco reforça que esse upside depende da entrega operacional e da melhoria no perfil de endividamento da companhia.

Apesar de estimarmos um EBITDA ajustado de cerca de US$ 900 milhões em 2025 e US$ 1 bilhão em 2026, a geração de caixa deve seguir pressionada por investimentos e custos financeiros, diz o banco.

Para isso, o BTG acredita que: “a Brava precisa convencer o mercado de sua estabilidade operacional antes que o preço da ação reflita totalmente esse potencial.”

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.