
Em meio ao embate jurídico envolvendo a fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), a Previ — fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil — fez um movimento estratégico no mercado. Na última quarta-feira (18), a entidade vendeu 3 milhões de ações da BRF (BRFS3), o equivalente a 0,18% do capital da companhia, segundo apuração do Lauro Jardim, do O Globo.
Mesmo após a venda, a Previ segue como uma acionista relevante, mantendo cerca de 4% de participação na BRF.
A gestora, inclusive, solicitou suspensão da Assembleia que iria discutir a fusão entre as empresas.
Em reação a isso, as ações da companhia operam em queda nesta sexta-feira (20). Por volta das 12:25, os papéis caíam 4,40% a R$ 20,00.
Suspensão da AGE na BRF
Na última terça-feira (17), a Previ e o investidor Alex Fontana entraram com uma ação judicial pedindo a suspensão das Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) das empresas, marcadas o mesmo dia.
A BRF cancelou a assembleia após críticas também da Latache Capital, que levantou dúvidas sobre a governança da operação.
Além da suspensão, os acionistas solicitaram a criação de um tribunal arbitral para analisar a legalidade e os termos da fusão.
O movimento indica cautela por parte da instituição diante das incertezas em torno da reestruturação societária das companhias.